Empresa nacional produz cobertores pesados contra stress e dores musculares
Empresa de Guimarães produz cobertores que têm a capacidade de “combater dores musculares” e de reduzir o stress, anunciou um dos fundadores.
Uma empresa portuguesa fundada durante a pandemia começou a produzir em Guimarães cobertores pesados compostos por grãos de areia de vidro tratado que “reduzem o stress” e ajudam a “combater dores musculares”, revelou esta quarta-feira um dos fundadores.
Em declarações à Lusa, Ricardo Parreira, um dos fundadores da Blanky, explicou que a ideia de explorar o mercado dos cobertores pesados, “visualmente semelhantes a um edredom”, surgiu depois de Pedro Caseiro, também fundador da empresa, ter sentido dificuldade em dormir.
“O Pedro trabalhava em Londres (Reino Unido), tinha algumas dores nas costas e dificuldade em adormecer devido a ansiedade e ‘stress’. Foi então que encontrou o cobertor pesado que lhe permitiu combater as dores que tinha e ter horas de sono melhoradas”, contou.
Em janeiro, Ricardo Parreira e Pedro Caseiro começaram a explorar o mercado dos cobertores pesados, produto ainda recente no mercado, bem como o seu desenvolvimento e processo de fabrico e perceberam que “não existia qualquer unidade na Europa com conhecimento e capacidade de produção para desenvolver este têxtil”.
“Apercebemo-nos que não havia nada deste género em Portugal ou Espanha e começamos a pesquisar mais sobre o tema. Em junho, quando já tínhamos a pesquisa mais exaustiva feita, começamos a desenvolver a empresa. Fundamentalmente, acreditamos na nossa ideia e isso funcionou”, disse.
Depois da pesquisa consolidada, os fundadores enfrentaram “desafios extras”, não só por lançarem um novo produto em tempos de pandemia, mas também porque a indústria têxtil “não estava familiarizada com o produto”.
Segundo Ricardo Parreira, os cobertores pesados são “visualmente muito semelhantes a edredons”, sendo que no caso da Blanky são constituídos por algodão de 300 fios e por grãos de areia de vidro tratado, material que confere peso adicional a este têxtil.
“Desde o início que queríamos produzir em Portugal, mas nenhuma das fábricas que visitámos estava familiarizada – ou com o produto ou com o processo de produção. Logo aí, foi um desafio”, contou Ricardo, acrescentando que foi na fábrica LEIPER, em Guimarães, que encontraram a resposta que esperavam.
Apesar de alguns “desafios” ao nível da produção, a empresa vimaranense “consegue produzir seis cobertores por dia, num mínimo de 120 unidades por mês”.
O objetivo dos fundadores da Blanky passa agora por “otimizar o processo de produção” para que, “num futuro próximo, a eficiência da fábrica aumente” e consigam “fazer crescer significativamente o número médio de cobertores pesados”, que pode variar entre os quatro e 15 quilos.
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