Europa volta a fechar. Há várias países em confinamento

  • ECO e Lusa
  • 25 Dezembro 2020

Com o número de pessoas infetadas a disparar, os governos implementam medidas mais restritivas para travar a propagação da Covid-19. Do Reino Unido à Áustria, veja o que está a ser feito na Europa.

Um pouco por toda a Europa, são vários os países que já adotaram medidas mais drásticas para combater a evolução da pandemia. À medida que o número de pessoas infetadas com a doença vai subindo e que há uma nova variante da Sars-Cov-2 a circular que é 70% mais contagiosa, adensam-se os receios de uma terceira vaga e, por isso, os governos europeus desdobram-se em medidas para travar a disseminação do surto.

Se em Portugal, o Natal é marcado por um alívio de medidas, pela Europa o cenário é bem diferente. Do Reino à Áustria, conheça as medidas tomadas pelos países europeus, de forma a evitar ao máximo a propagação do surto.

Reino Unido

Depois de ter sido detetada uma nova variante da Sars-CoV-2 no Reino Unido, o Governo britânico anunciou, no passado sábado à noite, um novo confinamento rigoroso em Londres e no sudoeste da Inglaterra que obriga mais de 16 milhões de pessoas a ficarem em casa e a renunciarem às reuniões de Natal. Segundo Boris Johnson, o aumento do número de casos do novo coronavírus obrigou a subir o nível de alerta de 3 para 4, o mais elevado imposto desde o início da pandemia, o que implica o encerramento do comércio não essencial, como cabeleireiros e locais de lazer internos.

Além disso, todas as viagens para fora destas zonas de alerta máximo foram proibidas. Bares, restaurantes e museus estão fechados desde quarta-feira passada. “No resto do país, as regras de Natal permitindo até três agregados familiares juntarem-se serão limitadas exclusivamente ao dia de Natal apenas, em vez dos cinco dias anteriormente fixados”, acrescentou Boris Johnson.

Irlanda

Desde esta quinta-feira e até dia 12 de janeiro, a Irlanda está em confinamento geral por causa do agravamento da pandemia de Covid-19, com alguns abrandamentos e exceções para as festas natalícias. Nesse contexto, o país regressa ao nível máximo de alerta por causa da pandemia, pedindo às pessoas para ficarem em casa, encerrando o comércio, com exceção de algumas lojas, e permitindo visitas entre agregados familiares apenas durante a celebração do Natal, até 26 de dezembro.

O primeiro-ministro irlandês justificou a decisão com o crescimento de novos casos no país. “Embora ainda não tenhamos uma prova formal de que a nova estirpe mais virulenta já esteja no nosso país (…), a coisa mais segura e responsável a fazer é agir supondo que assim é”, disse Michel Martin, citado pela Agência Lusa, lembrando que as estatísticas de saúde indicam um crescimento diário de cerca de 10% dos casos de infeção.

França

À semelhança de Portugal, o governo francês aliviou as medidas para o Natal, mas não deu margem de manobra para o Ano Novo. Assim, o confinamento que estava em vigor desde o início de novembro foi substituído a meio de dezembro por um recolher obrigatório entre as 20 e as 6h até 20 de Janeiro, sendo que a medida esteve suspensa na véspera de Natal. Restauração e salas de espetáculos vão continuar encerradas.

Itália

O governo italiano impôs confinamento em todo o país durante 10 dias, entre esta quinta-feira, 24 de dezembro, e 6 de janeiro, nos dias festivos e vésperas. Especificamente, nos dias 24, 25, 26, 27 e 31 de dezembro e 1, 2, 3, 5 e 6 de janeiro não é permitido sair de casa, exceto para ir trabalhar, em emergência ou necessidades de saúde e os movimentos entre regiões estão proibidos.

Inicialmente o Executivo italiano já tinha proibido a missa do Galo, mas depois de um fim de semana em que os italianos saíram em peso à rua para fazer compras de Natal o governo decidiu aplicar medidas mais severas.

Alemanha

Desde 16 de dezembro e até, pelo menos, 10 de janeiro, a Alemanha está numa nova fase do confinamento. Ainda assim, o chefe do gabinete de Angela Merkel avisou que é pouco provável levantar estas restrições em meados de janeiro.

Nesse sentido, apenas o comércio essencial, como supermercados e farmácias, bem como bancos, continua aberto. Já os cabeleireiros e similares estão fechado. Os estabelecimentos que já estavam encerrados, como restaurantes, assim continuarão. As escolas também estão fechadas e os trabalhadores são aconselhados a ficar em teletrabalho. Ao mesmo tempo, os ajuntamentos privados continuam limitados a cinco pessoas de dois agregados familiares, com exceção do Natal, em que as regras serão menos apertadas para as famílias poderem estar juntas.

Holanda

A Holanda entrou a 15 de dezembro num confinamento nacional de pelo menos cinco semanas para tentar travar o aumento de casos no país. O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anunciou o encerramento do país até 19 de janeiro. Isto significa o fecho de creches, escolas e atividades não essenciais (museus, jardins zoológicos, restaurantes, bares, cabeleireiros, ginásios). Abertos ficam apenas os supermercados, mercearias, farmácias e bancos. No primeiro confinamento, as escolas permaneceram abertas. Nesta época festiva, as famílias são ainda aconselhadas a ficar em casa e a receber, no máximo, duas pessoas por dia e três no Natal.

Áustria

O governo austríaco vai instaurar um terceiro confinamento geral a partir de 26 de dezembro, numa tentativa de conter a propagação da pandemia de Covid-19. “De 26 de dezembro a 24 de janeiro, as restrições em matéria de recolher obrigatório vão ser aplicadas novamente ao longo de todo o dia”, anunciou o Governo em comunicado, citado pela Agência Lusa. Neste contexto, haverá um endurecimento da medida que até agora vigorava entre as 20h00 e as 06h00.

Também as lojas e as escolas vão voltar a ser encerradas até 18 de janeiro, enquanto as estâncias de esqui são deixadas ao critério das autoridades locais e regionais. Entre 15 e 17 de janeiro, vão ser realizados testes em massa à população, sendo que quem testar negativo pode deixar o confinamento a 18 de janeiro, ao passo que quem recusar ser testado terá de permanecer em casa até dia 24 de janeiro.

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