PSI-20 supera os 5.000 pontos no arranque do ano

O grupo EDP foi o motor dos ganhos da bolsa de Lisboa em 2020 e, no início de 2021, continua a conduzir o índice de referência nacional.

A bolsa de Lisboa entrou em 2021 com o pé direito, superando a barreira dos 5.000 pontos pela primeira vez em quase dez meses. Se em 2020 foi a família EDP a impulsionar o índice PSI-20 (que apesar dos fortes ganhos fechou o ano no vermelho), é também o grupo que está a ajudar no arranque. A EDP Renováveis já tocou mesmo novos máximos.

O PSI-20 avança 2% para 4.994,95 pontos, tendo tocado o máximo do dia, nos 5.013,93 pontos, durante a manhã. A bolsa nacional está a acompanhar o sentimento positivo vivido nas ações europeias, graças ao entusiasmo dos investidores em relação à vacinação massificada. A esperança numa solução para a pandemia aumenta a confiança numa recuperação económica em 2021.

O Stoxx 600 e o francês CAC 40 sobem mais de 1,5%, enquanto o alemão DAX avança cerca de 1%. Já o britânico FTSE 100 dispara 2,6% depois de o Reino Unido se ter tornado no primeiro país do mundo a administrar a vacina nacional da Oxford / AstraZeneca.

Recordes da EDP não páram

O grupo EDP foi o grande vencedor do ano na bolsa de Lisboa em 2020, apesar de ter vivido um ano instável de mudança na liderança. A EDP e a EDP Renováveis estiveram entre as únicas quatro cotadas do PSI-20 que fecharam 2020 em terreno positivo e mantêm-se agora entre os vencedores.

A casa-mãe avança 4% para 5,378 euros por ação, num novo máximo de sempre, enquanto a eólica ganha 3% para 23,55 euros, também num recorde. O grupo reage em alta às notícias de que a empresa polaca de energia Tauron Pokska Energia juntou-se à joint venture da portuguesa EDP Renováveis e da francesa Engie para construir parques eólico no Mar Báltico.

Entre os restantes pesos-pesados do índice, a Mota-Jerónimo Martins ganha 2,2% para 14,23 euros, a Nos sobe 1,6% para 2,904 euros e o BCP somam 1,6% para 0,125 euros. A Galp Energia ganha 0,7% para 8,816 euros apesar de ter sido alvo de uma revisão em baixa do preço alvo para as ações, pelo Bernstein, para 15 euros por ação, da anterior meta de 13 euros.

Dívida recua e bitcoin corrige

A valorização das ações está a ser acompanhada por um recuo nos juros das dívidas soberanas. É o caso de Portugal, onde a yield das obrigações a dez anos negoceiam em 0,027%, contra os 0,061% em que fechou o ano. É o valor mais baixo desde 17 de dezembro e acompanha a tendência nos restantes países do euro. Espanha tem um juro de 0,032% e a Alemanha de -0,59%.

Além da dívida, está também em queda o mercado das criptomoedas, mas neste caso trata-se de uma correção após os fortes ganhos. Só em 2020, a bitcoin quadruplicou de valor e este sábado, 2 de janeiro de 2021, o valor da criptomoeda voltou a disparar para um patamar acima dos 30.000 dólares, chegando mesmo a tocar nos 31.312,62 dólares, segundo dados da CoinDesk. É um recorde absoluto, um valor nunca antes visto, mas espoletou pressão vendedora. A bitcoin desvaloriza 9% para 31.011,32 dólares.

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