Goldman Sachs espera retoma das petrolíferas em 2021. Vê potencial de 14% na Galp
As preferidas do banco de investimento são a BP, a Repsol, a Shell, a Eni e a Total, sobre as quais recomenda a "compra". Já em relação à Galp Energia, o Goldman Sanchs tem uma posição "neutral".
Após um ano marcado pela “tempestade perfeita” para as petrolíferas, 2021 será de recuperação para o setor, segundo esperam os analistas do Goldman Sachs. Desde os mínimos de abril, as empresas do petróleo na Europa recuperaram 35% e o banco de investimento espera uma subida de 20% ao longo deste ano. Sobre a portuguesa Galp Energia, mantém o preço-alvo, com um potencial de valorização de 14%.
“O quarto trimestre de 2020 fecha um ano marcado pela tempestade perfeita de ventos contrários macroeconómicos para as maiores empresas integradas de petróleo e gás, com uma combinação de baixos preços das matérias-primas, desafiantes margens e volumes no downstream e disrupções operacionais relacionadas com a Covid”, começa por dizer o Goldman Sachs.
Os primeiros sinais de retoma chegaram ainda no final do ano passado, com a recuperação dos preços e fluxos de caixa positivos para as empresas. À medida que entramos em 2021, o banco de investimento vê um potencial de cerca de 20% para as empresas que beneficiem dos cinco “R”: recuperação económica, revisões em alta de resultados, reestruturação, retornos acionistas e redefinição de modelos de negócio face às alterações climáticas.
As preferidas do banco de investimento são a BP, a Repsol, a Shell, a Eni e a Total, sobre as quais recomenda aos clientes que “comprem” ações.
Já em relação à Galp Energia, o Goldman Sachs tem uma recomendação “neutral”, apontando para um preço alvo das ações nos 10 euros (inalterado face à última avaliação), o que lhe dá um potencial de valorização de 14% face aos 8,754 euros, em que fechou 2020. Esta cotação representa uma perda anual de 41% e, desde então, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva deslizou mais ainda.
Preços mais altos do petróleo ou mais exploração que o esperado poderão gerar surpresas positivas no crescimento ou no capex da Galp Energia, mas o contrário também pode acontecer, segundo aponta o Goldman Sachs nos principais riscos para a empresa.
O banco estima que o lucro ajustado da Galp Energia tenha caído 65% no quarto trimestre, para 65 milhões de euros. Em relação aos resultados operacionais aponta uma quebra de 61%.
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