Apple pode passar a fabricar nos EUA

  • Ana Luísa Alves
  • 23 Janeiro 2017

A maior produtora de iPhones e iPads do mundo ainda está na China, mas está a considerar um investimento de sete mil milhões de euros nos EUA, e a criação de mais de 30 mil postos de trabalho.

A produtora dos smartphones da norte-americana Apple, a Foxconn, está a pensar em começar a produzir nos EUA. Este investimento seria superior a sete mil milhões de dólares, e pode criar centenas de empregos durante o primeiro ano da presidência de Donald Trump, que tomou posse na passada sexta-feira.

A empresa está ainda a considerar um investimento conjunto com a Sharp, firma japonesa que a Foxconn comprou no ano passado, mas os detalhes desta operação ainda não foram anunciados, segundo avançou o CEO Terry Gou à Reuters.

Um investimento destes por parte da Foxconn seria um sinal de vitória para Trump, que culpou a China de roubar empregos norte-americanos e ter prejudicado o setor produtivo norte-americano. A Foxconn é uma das maiores empresas privadas da China, e das que mais contrata, e o Governo chinês está preocupado com este investimento que pode vir a ser feito nos EUA. O maior corte do número de empregos na China ficou levou a grandes protestos no passado, mesmo que tenha mantido a estabilidade social do país, que está entre as principais preocupações do Partido Comunista Chinês.

A China é essencial para a produção de iPhones e iPads, e é a maior produtora em todo o mundo. A Foxconn já fez saber que estão ainda em fase inicial as negociações para o investimento nos EUA. Esta ideia vai ao encontro daquilo que Donald Trump pretende, que é, em parte, restituir alguns postos de trabalho norte-americanos provenientes da China.

Para já, ainda muito está por definir. Todo o investimento poderá vir a custar sete mil milhões de dólares e criar entre 30 mil a 50 mil empregos, segundo referiu o CEO Terry Gou. Este investimento permitiria ainda colocar a produção de iPhones e iPads mais próximo do mercado onde são mais vendidos.

A ideia ganhou forma depois de Terry Gou ter falado com o presidente do SoftBank, Masayoshi Son, e ter fechado uma parceria comercial. Son, anunciou igualmente o plano para investir 50 mil milhões de dólares nos EUA.

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