Apple quer levar a realidade aumentada aos iPhones

A empresa estará a trabalhar com várias startups para integrar a realidade aumentada nas câmaras dos telemóveis. E também está a desenvolver uns óculos inteligentes.

A Apple está a trabalhar para levar a realidade aumentada aos iPhones. De acordo com a Business Insider, que cita uma “pessoa familiarizada com o assunto”, a empresa de Cupertino quer integrar a tecnologia nas câmaras dos telemóveis e, para isso, tem recorrido a equipas provenientes de várias startups que adquiriu nos últimos anos.

A realidade aumentada é uma tecnologia que permite visualizar elementos gráficos virtuais por cima da realidade (lembra-se do Pokémon GO?). A possível integração nos iPhones deverá impulsionar ainda mais a tecnologia: estima-se que até 2020 sejam vendidos 45,6 milhões de equipamentos de realidade aumentada. Com a realidade aumentada nos iPhones, os utilizadores poderão apontar o telemóvel para um sítio e ver algo que não está lá — como, por exemplo, observar como fica uma mobília no espaço, antes mesmo de a comprar.

Com o Phab 2 Pro, poderá ver um objeto virtual no espaço
Com o Phab 2 Pro, da Lenovo, poderá ver um objeto virtual no espaço. O iPhone também quer entrar nesta corrida.Flávio Nunes/ECO

Ao lançar a tecnologia, é provável que a Apple permita que terceiros desenvolvam aplicações para a usar. Mas este não é, aliás, o primeiro envolvimento da Apple com a realidade aumentada. A empresa liderada por Tim Cook estará também a desenvolver uns óculos inteligentes, segundo o mesmo jornal. A suportar o rumor está ainda o facto de a empresa ter contratado recentemente um especialista em head-mounted displays, isto é, a tecnologia usada não só na realidade aumentada como também na realidade virtual.

Outras empresas têm vindo a fazer apostas semelhantes. O Snapchat, por exemplo, criou uns óculos com uma câmara que se estão a vender como se esgotassem já amanhã — e, na verdade, não deverá faltar muito. As principais empresas de eletrónica de consumo também já têm os seus próprios óculos de realidade virtual. A Google lançou, recentemente, os Daydream e, antes, já tinha testado os Google Glass, uns óculos que permitiam, por exemplo, obter direções à frente do campo de visão. Até o Facebook já dá cartas neste campo.

Ou seja, o entusiasmo em torno do potencial destas tecnologias está a ser amplamente explorado pelas empresas de tecnologia. Mas as coisas levam tempo e, até à explosão deste mercado, que se espera que aconteça nos próximos anos, os utilizadores terão de se contentar com a realidade aumentada nos telemóveis. É nisso que a Apple está a trabalhar, concorrendo diretamente com projetos como o Tango, desenvolvido pela Google e em parceria com a Lenovo.

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