Com dois milhões de pessoas vacinadas, Reino Unido quer vacinar todos os adultos até ao outono
O Governo britânico espera vacinar todos os adultos até ao outubro. País está num confinamento mais apertado e escolas ficam encerradas pelo menos até fevereiro.
As autoridades de saúde britânicas já vacinaram cerca de dois milhões de pessoas, mas o objetivo é vacinar todos os adultos até ao outono, disse o ministro da Saúde britânico este domingo, em declarações à BBC. O Reino Unido entrou num novo confinamento, com o aumento exponencial de casos de infeção, tendo o Governo de Boris Johnson decidido encerrar todas as escolas pelo menos até outubro.
“Durante a semana passada, vacinamos mais pessoas do que em todo o mês de dezembro, então estamos a acelerar a implementação”, disse o ministro Matt Hancock este domingo, na véspera de mais uma fase de vacinação. “Foram à volta de dois milhões de pessoas, mas vamos publicar os números exatos amanhã [segunda-feira] e a partir daí diariamente”, acrescentou.
Nas mesmas declarações à BBC, Matt Hancock adiantou ainda que o objetivo do Governo britânico é vacinar toda a população adulta até ao outono. “É claro que começámos com os mais vulneráveis”, mas “todos os adultos receberão uma vacina até ao outono”, acrescentou.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, as autoridades de saúde daquele país estão a contar milhares de idosos com mais de 80 anos para serem vacinados, numa tentativa de cumprir a meta do Governo de vacinar 15 milhões de pessoas até meados de fevereiro.
Até ao momento o Reino Unido regista 80.868 mortes com coronavírus, tornando-se o país europeu com o maior número de óbitos pela doença. Na passada sexta-feira o país registou os valores mais altos de mortes e de novos casos desde o início da pandemia: 1.325 vítimas mortais e 68.053 novos casos. Nesse dia, o presidente da Câmara de Londres, Sadiq Khan, admitiu que a situação “é crítica, com o vírus a espalhar-se fora de controlo”.
A situação levou o Governo a reforçar o confinamento, tendo decidido encerrar as escolas até, pelo menos, meados de fevereiro. Os alunos dos ensinos preparatório e secundário vão ter aulas online, estando o ensino presencial reservado apenas para os alunos com necessidades especiais e filhos de trabalhadores de serviços essenciais.
O encerramento de escolas é uma medida que afeta os alunos de Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte, ainda que a data para a reavaliação da medida seja diferente. Os exames, incluindo os de acesso ao ensino superior, foram também cancelados, sendo substituídos por uma avaliação contínua do aluno, mas os professores alertam que, na ausência de um guia de orientações mínimo, esta solução causar disparidade nos critérios de avaliação.
Na tentativa de diminuir a propagação de infeções pelo novo coronavírus e sobretudo pela nova variante que é considerada mais contagiosa, as universidades vão também disponibilizar ensino virtual, pelo menos até fevereiro. Já as creches vão manter-se abertas para que os pais das crianças que as frequentam possam continuar a trabalhar, embora esta opção esteja a ser duramente criticada pelos especialistas.
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