Unidades de alojamento rural estimam 40% de encerramentos

  • Lusa
  • 14 Janeiro 2021

Um inquérito realizado pela AHRP concluiu que cerca de 56% das unidades de turismo em espaço rural estimam ainda uma quebra de receita superior a 40% em 2020.

A Associação de Hotéis Rurais de Portugal (AHRP) diz que cerca de 40% destas unidades já fechou ou pretende encerrar, de acordo com os resultados de um inquérito que levou a cabo em novembro.

Neste documento, que a entidade enviou ao Governo já este mês, a associação concluiu ainda que “mais de 65% destas unidades deverá reduzir o número de funcionários” e que “cerca de 79% das unidades de turismo em espaço rural preveem, para 2020, uma taxa de ocupação inferior a 40%”.

O mesmo inquérito, que contou com 40 respostas, concluiu que cerca de 56% das unidades de turismo em espaço rural estimam uma quebra de receita superior a 40% em 2020.

“De salientar ainda que a maioria dos inquiridos referem uma quebra de valores de receitas para um recuo de cinco anos, considerando as receitas de 2020 equivalentes às receitas de 2015”, lê-se na mesma nota.

A AHRP disse ainda que “quando questionados sobre os apoios disponibilizados pela Estado todos os respondentes foram unânimes em declarar a sua insuficiência, face ao contexto que é sentido e face às limitações que têm sido impostas para conter a proliferação infecciosa”.

Na mesma nota, a associação quis deixar um “voto de louvor à ação do Turismo de Portugal, quanto à forma como geriu o processo de pandemia, quanto à eficiência de agilização dos processos de apoio à tesouraria das empresas, disponibilizando um processo simples, desburocratizado, de fácil utilização, rapidez no despacho, e rapidez na disponibilização das verbas às empresas”, elogiando ainda a atuação da entidade na formação.

De acordo com a mesma nota, “as empresas do setor encontram-se numa situação extremamente debilitada financeiramente, e impedidas de trabalhar em face das sucessivas restrições à circulação de pessoas e a impossibilidade de funcionar em períodos tradicionalmente de maior procura”, indicou a associação, referindo que o mês de dezembro assumiu-se “como um dos piores períodos de receitas do setor”.

“O trimestre que se segue, se em tempos normais era tradicionalmente de baixa faturação, adivinha-se altamente preocupante tendo em conta a situação pandémica no país”, destacou a associação.

Tendo em conta as dificuldades, a AHRP apelou à “reedição dos programas de apoio à tesouraria, para as micro e pequenas empresas do setor, com uma componente de subsídio” e a “abertura de uma linha de apoio direta do Turismo de Portugal, reembolsável, sem juros e com um período de quatro anos incluindo um ano de carência”.

A associação pede ainda o “alargamento da medida “Apoiar Restauração” às unidades de alojamento com restaurante aberto”, que “se viram excluídos dos apoios disponibilizados” no âmbito desta medida anteriormente.

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