Nestes países, a regra mudou. Máscaras sociais estão proibidas
Áustria, Alemanha e França proibiram já o uso de máscaras sociais. Em alguns locais é até obrigatório o uso de máscaras FFP2. Espanha está a avaliar a situação.
As novas variantes do SARS-CoV-2 (vírus que provoca a doença Covid-19), mais contagiosas do que a original, e o crescimento dos novos casos pela Europa têm vindo a preocupar os governos europeus que tudo fazem para travar a pandemia. Além de prolongarem os confinamentos, alguns países mudaram também as suas regras quanto ao uso de máscara, proibindo as máscaras comunitárias e caseiras. É o caso da Áustria, Alemanha e França.
Em alguns locais, como lojas ou transportes públicos, é até obrigatório o uso de máscaras FFP2. Este tipo de máscaras, filtram pelo menos 94% das partículas em suspensão no ar. São bem mais eficazes do que as máscaras sociais, e também mais eficazes do que as máscaras cirúrgicas, uma vez que estas não filtram as partículas mais pequenas.
A obrigatoriedade deste tipo de máscaras começou na região da Baviera (onde se situa Munique) a 18 de janeiro. Apenas dois dias depois, o Governo alemão seguiu as pisadas da região e exigiu que todas as pessoas usassem máscaras FFP1 ou FFP2 nos transportes públicos, no trabalho e nas lojas. Adicionalmente, proibiu o uso de máscaras comunitárias na via pública.
Na região da Baviera, um respirador FFP1 não chega, as autoridades regionais foram mais longe e decretaram como obrigatório o uso de FFP2 ou N95.
Também a França proibiu o uso de máscaras sociais no país, na passada segunda-feira. O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, apelou à população para “não usar máscaras feitas em casa” em espaços públicos e locais de trabalho. “Não oferecem proteção suficiente contra as novas, mais infecciosas, variantes da Covid-19”, afirmou.
Assim, em todos os locais públicos é agora obrigatório usar máscaras de categoria 1, como máscaras cirúrgicas ou respiradores (os FFP1 ou 2). Também poderão ser usadas máscaras de tecido que, comprovadamente, bloqueiem 90% das partículas.
Já o governo austríaco levou a medida ao extremo, e além de proibir as máscaras de tecido, tornou mesmo obrigatório o uso de FFP2 para maiores de 14 anos nos transportes públicos, lojas, farmácias, estabelecimentos médicos e outros estabelecimentos que estejam abertos. A medida está em vigor deste a passada segunda-feira, 25 de janeiro. O executivo justifica-se, também, com as novas variantes do SARS-CoV-2.
A medida aplica-se ainda a profissionais de saúde, professores, trabalhadores de armazéns e funcionários públicos, a não ser que o distanciamento de dois metros seja assegurado no local de trabalho. Excluídos desta nova orientação estão as grávidas e pessoas com condições respiratórias que dificultem a respiração dentro da máscara.
Além destes três países, também Espanha se encontra a avaliar a situação. Já em Portugal, a atual recomendação diz que as máscaras FFP2 estão destinadas aos profissionais de saúde que estão na linha da frente no combate à pandemia.
Em resposta ao ECO, na quarta-feira, Direção-Geral da Saúde relembrou que nem a Organização Mundial de Saúde nem o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, sigla em inglês) “fizeram alterações às últimas recomendações”. A existirem alterações, “serão oportunamente comunicadas”.
Esta quarta-feira o ECDC revelou, em resposta à Lusa, que está a preparar orientações atualizadas sobre a utilização de máscaras faciais. Ainda assim, o ECDC vinca que a sua posição sobre as máscaras faciais ainda “não mudou” e que “continuam a ser válidas” as recomendações feitas no início da pandemia, que admitem máscaras comunitárias feitas com “múltiplas camadas” de tecido.
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