Lucros do Santander sobem para 6,2 mil milhões. Menos provisões e mais comissões ajudaram
O resultado alcançado no último trimestre do ano eleva para 6,2 mil milhões de euros os lucros registados em 2016, os mais elevados desde 2010.
O Santander registou lucros acima do previsto no último trimestre de 2016, apoiado na quebra de provisões, no aumento das receitas pela via das comissões, mas também pelo negócio no Brasil. O resultado alcançado nos últimos três meses do ano, permite elevar para os 6,2 mil milhões de euros o resultado líquido alcançado na totalidade do ano de 2016. Ou seja, o melhor desde 2010, segundo avança o jornal Expansión, e 4% acima do resultado alcançado no ano anterior.
O maior banco de Espanha anunciou esta manhã que no último trimestre de 2016, os seus lucros ascenderam a 1,6 mil milhões de euros, um valor que compara com os 25 milhões de euros verificados em igual período do ano anterior, ocasião em que o Santander foi afetado pela aumento dos custos, incluindo provisões pela venda ilegal de seguros de proteção de pagamentos no Reino Unido. Os lucros registados no último trimestre, superam as previsões dos analistas sondados pela Bloomberg que antecipavam que o resultado líquido do Grupo Santander se tivesse situado nos 1,48 milhões de euros, em média.
O grupo financeiro que conta com Ana Botin como chairman, beneficiou do negócio nos mercados emergentes e no financiamento aos consumidores, o que ajudou a compensar a quebra dos juros na Europa, o aumento dos custos regulatórios e a fraca procura de crédito à habitação.
A margem financeira do banco, ou seja as receitas geradas pela diferença entre a receita obtida na concessão de crédito e os encargos pagos pelos depósitos, aumentaram 2,6% nos últimos três meses de 2016, para um total de 8,1 mil milhões de euros. Já o lucros da atividade no Brasil, aumentaram 60%, em euros, e 34% na moeda local.
“Estou confiante na nossa equipa e na nossa capacidade de continuar a corresponder”, disse Ana Botin numa entrevista concedida à Bloomberg TV nesta quarta-feira. E acrescentou: “Pela primeira vez desde 2010, penso eu, cada um dos nossos mercados deverá crescer“. Os analistas também receberam com agrado o resultado alcançado pelo banco espanhol. “O Santander reportou um conjunto de resultados muito forte”, afirmou já hoje Jose Abad, analista do Goldman Sachs, numa nota citada pela Bloomberg.
O bom conjunto de resultados apresentada esta quarta-feira pelo Santander estão a ter uma correspondência, no que respeita ao rumo das suas ações. O título soma 4,73%, para os 5,407 euros, na bolsa madrilena.
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