Petróleo em queda com aumento das reservas do crude
O aumento da produção verificado na Líbia, país que não assinou o acordo da OPEP no fim do ano passado, e o aumento das reservas do crude nos EUA têm feito cair o preço do ouro negro.
O petróleo está em queda. O preço por barril está perto dos 54 dólares, depois de terem sido revelas as reservas semanais de energia nos EUA, e se ter verificado um aumento nas reservas de crude, e depois de a Líbia ter aumentado a produção os valores mais altos desde 2014.
Os futuros recuaram 0,8% em Nova Iorque esta manhã, depois de terem subido na mesma percentagem esta terça-feira. Os stocks de crude aumentaram em 2,93 milhões de barris na semana passada, segundo avançou o American Petroleum Institute em comunicado. Os dados das reservas semanais de energia indicam que esta semana pode ser a terceira em que se verifica um aumento nas reservas do crude.
A Líbia, que ficou de fora do acordo assinado pelos treze países membros, e os onze não membros, da OPEP para limitar a produção do ouro negro e equilibrar o mercado, aumentou a produção para os 715 mil barris por dia, e ao que tudo indica vai continuar a aumentar a produção este ano, segundo referiu o presidente da petrolífera estatal.
Desde que o acordo foi posto em prática, no início do ano, que o petróleo tem estado acima dos 50 dólares, a meta fixada pelo cartel. A organização concordou ainda em monitorizar a produção, de modo a verificar o cumprimento do acordo estabelecido. A Arábia Saudita refere que 80% da redução prevista pela OPEP já está a ser posta em prática desde o dia 1 de janeiro.
“O risco de aumento da produção na Líbia e das reservas energéticas dos EUA está a por o ouro negro sob pressão”, disse Ric Spooner, analista do CMC Markets em Sidney. “Por outro lado, existe o acordo da OPEP que está a tirar barris em excesso do mercado, que é que está a equilibrar os preços”, acrescentou.
O crude está nesta quarta-feira a negociar nos 52,88 dólares o barril, com uma desvalorização de 0,56%, e o brent está a ser negociado nos 55,14 dólares por barril, com um recuo de 0,54%.
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