Vacinação indevida contra a Covid-19 pode levar a sanções, diz Lacerda Sales
O secretário de Estado da Saúde adiantou que serão promovidas audições a nível nacional para analisar os casos de vacinação fora dos critérios estabelecidos no plano nacional.
Têm-se multiplicado os casos de pessoas que foram vacinadas indevidamente, ou seja, sem respeitar os critérios definidos, situações que o secretário de Estado da Saúde diz serem “inaceitáveis”, sendo que a “tolerância é zero nessas matérias”. António Lacerda Sales apontou ainda que serão feitas auditorias que podem levar a sanções.
Serão promovidas, durante esta semana, através da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, “auditorias no âmbito nacional”, para averiguar os casos de vacinação indevida, adiantou em declarações transmitidas pelas televisões. “Há procedimentos que terão sanções ao nível disciplinar ou criminal, se durante a sede de inquérito tal se provar”, explicou.
Para fazer face a estas situações, a task force decidiu ainda reforçar as orientações para listas suplementares, que seguem os critérios definidos, para quando sobrarem doses, salientou. Ainda assim, tal como tinha já indicado o coordenador da task force, aqueles que tiveram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, mesmo quando não era devido, vão receber a segunda dose.
O secretário de Estado adiantou também que já foram administradas, até hoje, mais de 338 mil doses, “68 mil das quais já com segunda dose”. “É um número razoável” tendo em conta o que era o plano inicialmente previsto, reiterou. No plano de vacinação, estava previsto serem vacinadas 950 mil pessoas na primeira fase, que deverá decorrer até abril.
Taxas de ocupação rondam os 94%
As taxas de ocupação, quer em unidades de cuidados intensivos (UCI) quer em enfermaria, rondam os 94%, atualmente, adiantou o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde. António Lacerda Sales apontou que estamos assim próximos do limite, salientando no entanto que ainda existe “capacidade para poder utilizar”.
Questionado sobre se o país irá recorrer a ajuda internacional, o secretário de Estado sublinhou que utilizará “até ao limite” a própria capacidade do país, sendo que, se vier a ser necessário, também aceitaremos ajuda. Lacerda Sales apontou também que a ocupação “é muito variável de dia para dia”, já que depende de fatores como as altas.
O secretário de Estado acrescentou ainda que, em relação a março, foi duplicada a capacidade de ventilação mecânica, existindo agora mais de dois mil ventiladores. Já para os doentes Covid-19 estão a ser utilizadas mais de 1.100 camas.
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