Seguros do Santander geraram 333 milhões de lucro em 2020
Em Portugal, o grupo financeiro desenvolve as operações Santander Totta Vida, Aegon Vida e não Vida e Popular. Em 2020, em parceria com a Mapfre lançou uma solução multirriscos para PME.
O negócio de seguros do grupo Santander gerou resultado ordinário de 333 milhões de euros em 2020, mais 18% face a 2019, revelou a instituição que em Portugal consolida a atividade do grupo Santander Totta.
No relatório financeiro de contas anuais refere-se que, na atividade global do grupo, o volume bruto de prémios emitidos decresceu 3%, totalizando 7.900 milhões de euros, “afetado pela menor atividade de crédito e poupança”, em reflexo de crise. No entanto, as comissões da geradas pelo negócio segurador não vinculado ao crédito progrediu 9% em 2020. Somando as comissões cedidas à rede distribuidora, o segmento de seguros gerou 1.220 milhões de euros para o resultado do grupo financeiro presente na Europa, América Latina e Reino Unido.
Depois de caracterizar a evolução dos negócios de proteção na América latina, destacando nomeadamente Chile e Argentina, o Santander recorda que, na Europa, através de empresa conjunta com a Mapfre, o exercício ficou marcado pelo lançamento, para Espanha e Portugal, de uma nova solução multirriscos para PME (pequenas e médias empresas). Em Espanha, os acordos do grupo com a Aegon e a Mapfre impulsionaram o crescimento de prémios (não vinculados ao crédito) em perto de 30%.
Em Portugal, através do Santander Totta, o grupo originário da Cantábria está presente através da joint venture Aegon Santander (parceria controlada em 51% pelo grupo holandês). O conjunto Santander Totta Vida, Aegon Vida e não Vida e Popular contabilizou perto de 805 milhões de euros em prémios em 2019, a colocar-se entre os cinco maiores grupos do mercado português. Durante 2020, a operação conseguiu contrariar a queda do setor Vida em Portugal, crescendo em torno de 18%. Em conjunto as companhias conseguiram 150 milhões de euros de prémios emitidos em 2020, testemunhou Tiago Venâncio do Couto, CEO da Aegon Santander em entrevista recente a ECOseguros.
No relatório relativo ao exercício de 2020, a instituição liderada por Ana Botín salienta que, nos seguros (atividade englobada na divisão global Wealth Management & Insurance), o motor de crescimento veio do negócio não vinculado ao crédito, que beneficiou também do comportamento de duração das carteiras (retenção). As apólices distribuídas por canais digitais mantiveram crescimento, representando já 10% das vendas totais.
Em conjunto, os negócios de banca privada e seguros (Santander Asset Management e Santander Insurance) geraram resultado ordinário de 868 milhões (+2% do que em 2019). As comissões, incluindo as cedidas à rede de distribuição, cifraram-se em 3,1 mil milhões de euros, representando 31% do total do grupo.
O grupo bancário espanhol consolidou prejuízo líquido a rondar 8,8 mil milhões em 2020. Excluindo provisões e depreciações, o resultado corrente ultrapassou os 5.000 milhões de euros.
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