“Portugal tem recebido numerosas ofertas de auxílio” de outros países. Temido admite voltar a usá-las

A ministra da Saúde defende que o país está a trabalhar para ultrapassar as dificuldades provocadas pela pandemia, mas não hesitará em articular ajuda bilateral caso seja necessário.

Depois de já ter chegado a ajuda alemã a Portugal, no combate à Covid-19, a ministra da Saúde admite voltar a recorrer a auxílio internacional, caso seja necessário. Marta Temido reitera que o país está a trabalhar para superar esta vaga, mas que “não hesitará” em articular com outros países, quer através de mecanismos europeus quer de ajuda bilateral.

“Neste momento estamos a trabalhar afincadamente para podermos superar mais esta onda, estas dificuldades da crise sanitária”, defendeu a ministra da Saúde, na apresentação das prioridades da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia (UE), depois de vários eurodeputados questionarem de que forma seria possível ajudar Portugal a enfrentar a pandemia.

Apesar desta posição, Marta Temido reiterou, na Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar do Parlamento Europeu, que “não hesitaremos em articular”, quer seja no quadro dos mecanismos europeus mas também de ajuda bilateral, “as colaborações e ofertas solidárias que nos têm dirigido”.

A ministra transmitiu também aos eurodeputados que, “neste momento, a incidência de novos casos começa a cair em Portugal, quer na média a sete dias quer a 14 dias”, o que “resultou de esforço significativo de cumprimento de regras de saúde pública”. Assumiu, ainda assim, que “temos ainda semanas difíceis pela frente”.

“Procuraremos fazer melhor com o nosso serviço saúde e sei que poderemos contar” com os outros Estados-membros, garantiu Temido, que “mostraram disponibilidade para acolher doentes em cuidados intensivos mas também para partilhar informação, ajuda técnica, equipamentos”, caso seja necessário. Temido sublinhou ainda que, no país, neste momento, uma das maiores dificuldades é o cansaço dos recursos humanos.

No seu discurso inicial, Marta Temido deixou também um apelo à “solidariedade e união entre Estados-membros”, sublinhando que, neste momento “crítico”, em que tantos países, incluindo Portugal, estão a ser duramente atingidos pela pandemia, a “solidariedade é um fator determinante”. “Portugal tem recebido numerosas ofertas de auxílio, tendo ontem recebido ajuda fundamental do estado alemão”, apontou.

Foi esta quarta-feira que a ajuda alemã chegou a Portugal, designadamente uma equipa de 26 profissionais de saúde, bem como material clínico, como ventiladores, bombas e seringas de infusão. A equipa foi encaminhada para o Hospital da Luz, em Lisboa, que disponibilizou um núcleo de mais oito camas de cuidados intensivos.

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