Vice-almirante Gouveia e Melo é o novo coordenador da task force do plano de vacinação

Francisco Ramos renunciou ao cargo de coordenador do plano de vacinação após irregularidades no Hospital da Cruz Vermelha. Vice-almirante Gouveia e Melo será o sucessor na task force.

Depois da saída de Francisco Ramos, devido a irregularidades na vacinação no Hospital da Cruz Vermelha, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo será o novo coordenador da task force do plano de vacinação contra a Covid-19. O militar, que já fazia parte da equipa que coordena o plano, assume funções de imediato.

“É prioritário atuar em todas as áreas, a começar por onde houve falhas”, reiterou o vice-almirante, em declarações aos jornalistas transmitidas pelas televisões. “As forças armadas apoiam o processo de vacinação e o Ministério da Saúde. “A minha posição, agora como coordenador, quando for nomeado, é mais um sinal do apoio das forças armadas a este processo”, explicou. O vice-almirante aponta ainda que conhece a estrutura e tem estado a trabalhar com ela.

Entretanto, o Ministério da Saúde já comunicou oficialmente que “o Governo nomeou o Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo para coordenador da Task Force do Plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal”. “O Vice-Almirante já integrava a equipa que agora passa a coordenar, assumindo funções de imediato”, lê-se na nota.

Francisco Ramos renunciou esta terça-feira ao cargo devido a “irregularidades detetadas pelo próprio” no processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa do qual é presidente da Comissão Executiva, de acordo com a nota de imprensa do Ministério da Saúde, enviada um dia depois da renúncia.

Para além deste hospital em específico, têm também surgido vários outros casos de vacinação indevida. Questionado sobre estas irregularidades na vacinação, o vice-almirante apontou que o “processo em si é lamentável, bastava haver um desvio que fosse que é lamentável”. Ainda assim, sublinha que o “processo também tem que ter análise estatística”, sendo que, atualmente, neste momento estes casos são acontecem cerca de uma vez em mil.

O vice-almirante, de 60 anos, passou por várias funções na Marinha, nomeadamente exercendo o comando de submarinos e fragatas. Para além disso, liderou também o Serviço de Treino e Avaliação da Esquadrilha de Submarinos e o Estado-Maior da Autoridade Nacional para o Controlo de Operações de Submarinos, e, mais tarde, assumiu o comando daquela esquadrilha.

Já entre 2017 e 2020 exerceu as funções de Comandante Naval, e durante dois anos deste mesmo período, de 19 de setembro de 2017 a 19 de setembro de 2019, exerceu funções de Comandante da EUROMARFOR, segundo o currículo enviado pelo Ministério da Saúde. Já a partir de janeiro de 2020 assumiu as funções de Adjunto para o Planeamento e Coordenação do Estado-Maior General das Forças Armadas.

O militar foi ainda distinguido com várias condecorações, nomeadamente a Ordem Militar de Avis – Grau Comendador, oito Medalhas Militares de Serviços Distintos, três de ouro e cinco de prata, e mais “recentemente, a Ordem de Mérito Marítimo, por parte da Marinha Francesa e a Medalha da Ordem do Mérito Naval – Grau Grande Oficial, por parte da Marinha do Brasil”, sinaliza o Ministério.

(Notícia atualizada às 20h20)

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