Coordenador da task force da vacinação contra a Covid-19 demitiu-se
Francisco Ramos, coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, renunciou ao cargo que ocupa na task force, devido a irregularidades detetadas pelo próprio na vacinação no Hospital da CVP.
Francisco Ramos, coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, renunciou ao cargo que ocupa na task force, devido “a irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa” para a vacinação, comunicou o Ministério da Saúde.
“O coordenador da task force para a Elaboração do “Plano de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal”, Dr. Francisco Ventura Ramos, renunciou ontem [terça-feira, dia 3 de fevereiro] ao cargo”, informou esta quarta-feira a tutela liderada por Marta Temido, em comunicado. A renúncia é motivada por “irregularidades “detetadas pelo próprio “no processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa do qual é presidente da Comissão Executiva“, lê-se na nota de imprensa.
Também em comunicado, citado pelo Público (acesso livre), Francisco Ramos, antigo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, afirmou que depois de ter tomado conhecimento destas irregularidades, considerou que “não se reúnem as condições” para continuar no cargo.
Apesar desta demissão, o Ministério da Saúde garante que o funcionamento da task force responsável por delinear o plano de vacinação contra a Covid-19 não está comprometido, continuando a ser assegurado “pelos restantes membros do núcleo de coordenação”, que incluem elementos do Ministério da Defesa Nacional, bem como da, Administração Interna, Direção-Geral da Saúde e Infarmed.
O processo de vacinação contra o novo coronavírus em Portugal arrancou a 27 de dezembro do ano passado, à semelhança do que aconteceu na generalidade dos países europeus. Desde então, já cerca de 400 mil pessoas receberam a primeira toma da vacina, incluindo profissionais de saúde no combate à pandemia, assim como profissionais e residentes em lares e unidades de cuidados continuados.
Esta quarta-feira, arrancou uma nova fase da vacinação em Portugal, destinada a pessoas com mais de 80 anos, bem como para pessoas entre os 50 e 79 anos com comorbilidades graves (insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica). Esta nova fase, está agora a começar nos centros de saúde da região de Lisboa, sendo alargada nos próximos dias a outras regiões do país.
Diretores clínico e de enfermagem do HCV colocaram lugares à disposição
O diretor clínico e a enfermeira diretora do Hospital da Cruz Vermelha (HCV) colocaram os lugares à disposição, justificando com um lapso na seleção dos profissionais a vacinar contra a covid-19, revelou esta quarta-feira o médico.
À agência Lusa, o diretor clínico, Manuel Pedro Magalhães, explicou que juntamente com a enfermeira diretora se “responsabilizaram pela seleção dos profissionais do Hospital da Cruz Vermelha a vacinar contra a covid-19, respeitando os critérios pré-estabelecidos pela Direção-Geral da Saúde, numa informação divulgada no dia 31 de janeiro”.
“Estes dois elementos reconhecem que cometeram um lapso, tendo sido atribuída a especialidade de cirurgião a um médico da especialidade de medicina interna, o que permitiu que este fosse incluído na lista de profissionais do HCV a vacinar prioritariamente”, esclareceu Manuel Pedro Magalhães.
Segundo o médico, “perante isto, foi discutido o assunto com a administração do hospital, incluindo o seu presidente”. “Pusemos o lugar à disposição, eu, diretor clínico, e a enfermeira diretora, responsáveis pela inscrição final dos elementos constantes da lista e que foram vacinados entre ontem [terça-feira] e hoje, na qual consta o lapso”, referiu. Manuel Pedro Magalhães acrescentou que já tinha colocado o lugar à disposição a partir de 16 de dezembro, altura em que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa passou a ter a maioria do capital da sociedade gestora do HCV.
(Notícia atualizada às 21h18 com mais informação)
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