FMI: menos estudos e mais foco na resposta à Covid-19
A diretora geral disse aos funcionários da FMI para fazerem menos investigação, por causa da grande carga de trabalho necessária para ajudar os países na nova crise.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse aos seus economistas para concentrarem todos os recursos e orçamento da instituição na missão central de ajudar os países a lidar com os desafios da pandemia, avança a Bloomberg.
A diretora geral do FMI, Kristalina Georgieva, disse à sua equipa, em janeiro, para fazerem menos investigação — estudos e papers –, por causa da grande carga de trabalho necessária para ajudar os países a enfrentar o impacto económico da pandemia de Covid-19.
“Os nossos países membros enfrentam uma crise sem precedentes e o FMI e a sua equipa intensificaram [o trabalho] de uma forma sem precedentes”, disse o porta-voz Gerry Rice em resposta à Bloomberg.
A diretiva veio depois de o FMI ter recebido um número recorde de pedidos de empréstimos de emergência desde março de 2020, altura em que a Covid-19 foi considerada pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O FMI aprovou mais de 100 mil milhões de dólares (cerca de 83 mil milhões de euros) em financiamento para 85 dos seus 190 países membros. Esta situação levou a que a equipa do FMI trabalhasse mais do que nunca para lidar com a nova crise.
O FMI publica normalmente cerca de 300 papers por ano, cobrindo uma vasta gama de tópicos teóricos e analíticos, incluindo balança de pagamentos, questões monetárias e fiscais, liquidez global e desenvolvimentos económicos nacionais e internacionais. Os funcionários preocupam-se que, ao não se focarem nestes estudos, o FMI está a limitar o processo criativo e eventuais progressos científicos na área das políticas económicas.
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