Honda Crosstar híbrido, mas sem cabos
Importado do CR-V, o sistema i-MMD da Honda é algo complexo, mas inteligente. E garante consumos bem comedidos num automóvel compacto, com toques de monovolume, mas que pisca o olho aos SUV.
Há muito que a Honda junta motores a combustão com um outro, elétrico. Mas agora, fazê-lo está na moda, por isso massificam-se os modelos que recorrem a estes sistemas híbridos, amigos do ambiente e da carteira de que os compra. É por isso que a oferta da marca japonesa está a aumentar, chegando aos modelos mais compactos. É o caso do Jazz ou, neste caso, do Honda Crosstar.
A Honda trouxe para o Crosstar uma evolução do sistema i-MMD que tinha sido introduzido no CR-V Hybrid. Este sistema traduz-se num bloco de 1.5 litros a gasolina que tem acoplado um motor elétrico que, juntos, dotam este modelo de uma potência de 109 cv.
Mas como se não bastasse um motor elétrico, há ainda outro a funcionar debaixo do capot que faz a ligação entre os outros dois: é este outro motor que graças a energia do motor a combustão vai alimentar o elétrico, dispensando-se assim a existência de cabos para carregamento das baterias. Há sempre energia, sendo esta armazenadas em baterias que roubam algum espaço a bagageira.
Condução sem esforço
O sistema da Honda é algo complexo, mas inteligente. E prático, já que se dispensa aquelas horas com o carro ligado a um qualquer posto de carregamento — isto quando há um carregador livre, o que é raro. E permite-nos desfrutar das várias formas de propulsão com apenas um automóvel: elétrico, híbrido e a combustão, mediante o que se pretende ou o andamento o exige.
Em modo EV, temos um elétrico que nos permite sair da garagem sem fazer qualquer barulho, mas também dar as pequenas voltas do dia-a-dia sem consumir uma gota de gasolina. Contudo, acaba por ser o sistema híbrido aquele que mais vezes vamos sentir ao volante do Crosstar. Quando precisamos de mais potência, então temos os 1.5 em todo o seu “esplendor”.
O motor a combustão não é, contudo, particularmente silencioso, nem espere grandes velocidades — a velocidade máxima é de apenas 173 km/h. Mas é desenrascado quanto baste, permitindo uma condução sem esforço, seja do pé no acelerador, seja da carteira. Os consumos deste híbrido são bastante comedidos, facilmente apresentando-se valores em torno dos 4 litros/100 km no pequeno ecrã colocado por detrás do volante.
Design simples com aspirações de SUV
Tudo isto é feito com grande conforto num modelo pensado em ser prático, mas que tenta piscar o olho àqueles que gostam de um automóvel mais virado para a aventura. O interior é de design simples, com materiais nem sempre de tato agradável. Sentados em bancos que oferecem o devido conforto, o que salta à vista são os ecrãs, o primeiro, atrás do volante, de 7 polegadas, mas depois o que oferece as funções de infoentretenimento, colocando no centro do tabliê, com 9 polegadas.
Espaço não falta, seja à frente, seja para quem vai atrás, tanto para os ombros como para as cabeças dos mais altos, o que é resultado das dimensões generosas deste modelo compacto nipónico. Mais inchado que o seu antecessor, o Crosstar dá ares de monovolume em ponto pequeno, mas na versão Crosstar ganha alguns elementos que parecem querer posicionar o Honda no concorrido mercado dos SUV – destaque para os adornos estilísticos dos para-choques e embaladeiras, bem como as jantes de 16 polegadas de dois tons. Uma tarefa complicada à luz da forte concorrência, mas também do preço deste Hybrid… que começa nos 33 mil euros.
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