Conforto para sete no Mercedes GLE
Renovação do GLE trouxe um modelo elegante, mas que não abdica do look musculado. E vem carregado de espaço para toda a família.
A Mercedes sempre foi conhecida pelas suas berlinas premium. Contudo, há alguns anos que, com o mercado a procurar soluções cada vez mais versáteis, a marca da estrela começou a colocar nas estradas os seus SUV. Atualmente tem SUV em todas as gamas, dos mais pequenos, os A e B, até aos gigantes, culminando no Mercedes-Maybach GLS. Tudo começou com o ML, que agora se apresenta no renovado GLE.
Foi em 2016 que o GLE acabou com a nomenclatura ML, mas o espírito desse ícone nascido no final do século passado perdura. E a marca de Estugarda tem grandes ambições para esta nova geração: com a concorrência a apertar, aumentando o número de players neste segmento de luxo, a Mercedes procura fazer a diferença com um modelo elegante, mas musculado.
É um SUV de linhas arredondadas, que nos transmite uma sensação de elegância. Mas por baixo desta roupagem “esconde” um lado mais desportivo. Seja pelas cavas das rodas volumosas, para albergarem as jantes de 19 polegadas, seja pela imponente grelha dianteira, ladeada pelos faróis LED. Ou pelo pára-choques dianteiro com os seus enormes rasgos da linha AMG (extra de 4.149 euros), mas também pelo difusor traseiro que alberga a dupla saída de escape.
Espaço, espaço e mais espaço
É ao aceder ao interior deste monstro que se percebe que estamos perante um SUV de grandes dimensões. Obriga-nos a alçar a perna para nós sentarmos. É um carro alto: do pneu ao tejadilho são 1,8 metros, por 2 metros de largo e 4,92 metros de comprimento. Uma vez no interior, há espaço, muito espaço. Duas poltronas a frente, um banco com espaço suficiente para três atrás e mais dois bancos individuais que se escondem na bagageira, um extra de 2.599 euros. Sim, há lugar para sete.
Estão disfarçados, mas uma vez “desembrulhados”, albergam dois passageiros de estatura elevada: cabem dois adultos com 1,80 metros. O GLE permite, assim, levar toda a família a bordo e ainda alguma bagagem. Com os dois lugares extra, a bagageira fica reduzida a 130 litros. Passa a ser uma miragem face aos 630 a 825 litros originais. É muito espaço para as compras do dia-a-dia ou as malas para “aquela” road trip pais a fora.
Suavidade a bordo
Este é um SUV que gosta de estrada. E ataca-a com grande suavidade. Além do conforto dos bancos revestidos a pele, e conferido pela qualidade dos materiais utilizados a bordo, há a que é conferida pela suspensão pneumática, a Airmatic. Há o E-Active Body Control, com amortecedores ativos independentes que garantem não só uma viagem sobressaltos como ajudam na condução, combatendo o efeito roll over comum a estes monstros da estrada, mas só está disponível com motorizações mais possantes.
Neste ensaio, o GLE veio com o 300d, um 1.950 a diesel que debita 245 cv. Mostra “pulmão” suficiente para as mais de duas toneladas do conjunto, seja no pára arranca comum da cidade, seja em estrada aberta onde se pode soltar as rédeas aos cavalos, domando a estrada a partir de uma posição de condução bastante elevada. Responde bem, observando-se a facilidade com que, acoplado à caixa automática (9G-Tronic), ganha velocidade através do ecrã de 12,3 polegadas por detrás do volante, ladeado de outro igual (do sistema MBUX) que agrega todas as funções de entretenimento a bordo. Responde bem sem, contudo, ser um sorvedouro de combustível: a média fica-se pelos 6,4 litros num automóvel disponível a partir de 88.600 euros (116.435 euros na unidade ensaiada).
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