Discovery Sport refinado. Há mais do que se vê
SUV sofreu apenas ligeiras mudanças. Pisca o olho ao Evoque, mas é claramente mais aventureiro. E dá para levar a família toda.
O Discovery Sport foi alvo de uma “ligeira” renovação. Não são muitas as mudanças percetíveis ao primeiro relance, mas há novidades estéticas que colocam o SUV familiar mais próximo da gama revista da Land Rover. Mas é no que não se vê que se destaca esta edição melhorada deste pequeno “monstro” na estrada e fora dela.
O desenho é praticamente o mesmo da anterior geração, mas há detalhes que permitem perceber que é um novo modelo. Resume-se, contudo, aos faróis e farolins, mas também a pára-choques redesenhados, mais agressivos, bem como uma nova grelha frontal. No que toca a iluminação, há uma aproximação clara do Discovery Sport ao modelo que faz furor da marca da Tata, o Evoque.
São ligeiras mudanças que escondem a maior delas todas: a plataforma PTA da Jaguar Land Rover que traz uma série de melhorias dinâmicas ao Discovery Sport, mas permitiu à marca dotar o SUV de mais espaço num interior todo ele redesenhado onde é percetível o cuidado na construção. Os materiais são premium, o que seria, de resto, de esperar da Land Rover.
Cabe a família toda
Espaço não falta neste SUV imponente. A bagageira com portão elétrico está ao nível do que seria de esperar, escondendo os dois lugares extra que permitem levar uma família mais numerosa. Obviamente, estes dois lugares que como por magia se erguem do chão são mais apropriados para as crianças, mas com jeitinho permitem uma boleia a um graúdo. Mais bem sentados vão os adultos na segunda fila, com espaço tanto para cabeça, ombros como joelhos. Mas é a frente que se viaja mais confortavelmente.
Com duas poltronas ajustáveis com uma série de botões elétricos, é fácil encontrar a posição ideal para ver por cima do enorme capot. Quem vai ao volante sente a boa pega deste, contando com dois ecrãs gigantes para controlar todos os parâmetros da condução — traz um ecrã de 12,3 polegadas — ou o entretenimento do resto dos ocupantes, caso não queriam desfrutar da vista proporcionada pelo tejadilho em vidro.
No meio do tablier encontramos um ecrã touch de 10,25 polegadas, sendo que abaixo estão colocados os comandos da climatização e os dos modos de condução. À semelhança do que acontece com os comandos do volante, só quando o Discovery Sport está ligado é que se percebe que estão lá.
Sempre em modo Eco
A localização dos botões touch do Start/Stop, do controlo de tração e modo mais económico é que acaba por se tornar pouco simpática. Por mais do que uma vez damos por nós a poupar quando queremos aproveitar as potencialidades do motor. Sem querer, com as passagens de caixa há sempre um dedinho que toca onde não devia e lá estamos nós em modo Eco, a poupar alguns litros de combustível.
No modo normal, o Conforto, é mais fácil puxar pelos 150 cv do 2.0 a diesel, o D150. Abaixo das 1.500 rotações sente-se o peso das quase duas toneladas de SUV que se passeiam na estrada, mas a partir daí a subida de regime é feita com vigor, com a caixa manual a responder sem grandes problemas. A caixa automática de nove velocidades — sim, tem mais três relações que esta — só está disponível para as versões mais potentes do Discovery Sport que vem munidas de um sistema “Mild Hybrid” de 48 V.
O conjunto não envergonha, mas pede mais potência, especialmente quando carregado — o que se traduz em consumos médios na ordem dos 9l/100 km. Mas se não oferece uma resposta forte ao acelerador, a nova plataforma trouxe com ela um SUV mais rígido que oferece um bom comportamento tanto em estrada como fora dela. E a suspensão ajuda a cumprir a missão de tornar ágil um modelo que pela altura ao solo poderia não o ser, sendo o amortecimento variável um bónus desta versão R-Dynamic. Filtra os buracos no alcatrão tão bem quanto os pedregulhos que supera em terra.
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