Este Kauai sabe poupar. E até o ensina a fazê-lo
Depois da versão a gasóleo e a gasolina, o Kauai ganhou um híbrido. Uma versão que promete consumos reduzidos, dando boas dicas ao condutor como chegar a médias
Não é a primeira vez que a Hyundai o faz, mas desta vez repetiu a receita num dos segmentos que maior furor faz junto dos condutores. Depois do Ioniq, foi a vez do Kauai juntar aos tradicionais motores a gasóleo e a gasolina uma versão híbrida, uma alternativa mais em conta face à versão elétrica que prima pelos consumos reduzidos.
Fazendo uso de uma plataforma desenvolvida para receber todo o tipo de motorizações, incluindo as eletrificadas, a fabricante coreana decidiu aliar neste crossover um bloco 1.6 GDI debita 145 cv com um motor elétrico de 43,5 cavalos e uma bateria de polímero de iões de lítio com 1,56 kWh. O resultado é uma potência combinada de 141 cv num modelo híbrido (sem plug-in) com um preço a partir de 29.200 euros.
Há potência, mas esta de pouco serve sem uma caixa de velocidades que permita fazer bom uso dela. Daí que, em vez de recorrer a transmissões de variação contínua, como o fazem outras marcas, a Hyundai tenha decido, é bem, utilizar uma caixa de dupla embraiagem que permite explorar as potencialidades deste conjunto. Não propriamente em termos dinâmicos, já que este não é um conjunto dado a grandes velocidades, antes da primazia aos consumos.
Num modelo com look desportivo, seja graças a grelha mais agressiva ou as jantes de 18 polegadas, há um modo Sport, é verdade, mas não foi para isso que nasceu esta versão híbrida. É em modo Normal, mas principalmente em Eco, que faz sentido utilizar esta solução híbrida. Sente-se a energia elétrica em cada arranca, garantindo aquele boost extra que nós da vantagem face aos demais modelos de combustão pura, que depois garante um rolar suave em cidade, mas também quando saímos dela. Há um casamento perfeito das duas tecnologias que produz resultados quando olhamos para os consumos.
Manual digital da poupança
O Kauai Hybrid tem um consumo homologado de 4,3 l/100 km que se traduz numa utilização normal em médias de 5,5 a 6 litros, com a energia armazenada na bateria, colocada debaixo dos bancos para não limitar os 361 litros da bagageira, a ser a responsável por este desempenho. Está sempre pronta para responder com potência, mas também para receber aquela que muita vezes é desperdiçada, como nas travagens. Ao fim de algum tempo, torna-se viciante procurar dar alguma carga extra a bateria.
Este “jogo” leva-nos, inconscientemente, a adotar uma condução mais regrada, menos brusca, mais atenta ao trânsito em redor para antecipar momentos de aceleração ou travagem. Torna-nos mais eficientes. É para ajudar a essa eficiência, há também um manual digital a disposição de quem vai ao volante. Além de uma zona de instrumentação em que se privilegia o desempenho ecológico, há um ecrã gigante que da bons conselhos.
A pairar no centro de um tablier bem desenhado, sem exageros estilísticos, salta à vista o ecrã de 10,25 polegadas que não é equipamento de série (de origem existe uma versão de 7 polegadas), mas vale bem a pena. Com este vem o Sistema ECO-Driving (ECO-DAS). Este analisa as informações de trânsito através do sistema de navegação para alertar o condutor para mudanças de direção, cruzamentos ou outras situações em estrada de forma a que se antecipem desacelerações. Poupa-se nos travões, mas também euros na gasolina.
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