Professor na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, Paulo de Tarso Domingues, sócio da Abreu Advogados, partilhou com a Advocatus a sua experiência que começou em 1990.
Desde 1990 que Paulo de Tarso Domingues, sócio da Abreu Advogados, assumiu o desafio dar aulas. Atualmente, leciona disciplinas da área do Direito Comercial na Faculdade de Direito da Universidade do Porto, sendo ainda professor convidado em vários cursos de Universidades portuguesas e estrangeiras.
O sócio centra a sua prática nas áreas de direito societário e arbitragem. Tem participado em diversas palestras, conferências, seminários, cursos de pós-graduação e cursos de Mestrado, essencialmente na área do direito das sociedades
Quando começou a dar aulas?
1990.
O que pesou para essa decisão de lecionar?
O gosto por tentar transmitir conhecimento.
Em que faculdades dá aulas?
Faculdade de Direito da Universidade do Porto.
O que diferencia um aluno de direito face aos de há uma década?
Os estudantes, hoje, são mais comprometidos com causas e têm uma cultura, em regra, superior aos de uma década atrás.
A necessidade contínua de investigação permitem-me, muitas vezes, enfrentar com maior facilidade as questões complexas e difíceis que a prática suscita.
O que tenta passar como mensagem principal do que é o direito?
Que o Direito é a busca pela Justiça.
Se tivesse de escolher: professor/a universitário/a ou advogado/a no escritório?
Julgo que a conciliação das duas profissões – caso tal seja possível de realizar, de forma balanceada – traz inquestionavelmente vantagens para o exercício de ambas.
O que lhe ‘rouba’ mais tempo?
Não é fácil precisar. Depende das circunstâncias em cada momento.
Os cursos melhoraram com Bolonha?
Julgo que não. Pelo contrário, penso que pioraram.
E como avalia os cursos em Portugal?
Conheço melhor a realidade dos cursos das Faculdades de Direito públicas. E, aí, a qualidade mantém-se claramente elevada.
Há universidades que ensinam o direito que deveriam fechar por falta de qualidade?
Não tenho informações que me permitam responder a esta questão.
O Estado investe pouco no ensino universitário?
É sempre possível reclamar mais investimento. Mas o esforço feito pelo Estado é já um esforço assinalável.
De que forma as suas ‘skills‘ como professor ajudam no exercício da advocacia?
Ajudam-me imenso. A necessidade contínua de investigação permitem-me, muitas vezes, enfrentar com maior facilidade as questões complexas e difíceis que a prática suscita.
Estamos ainda com demasiados licenciados em direito?
Sim.
A universidade funciona também como forma de recrutar os melhores alunos para o seu escritório?
Indiscutivelmente.
E ensinar em plena pandemia? Como descreve a experiência?
Tem sido um desafio – em regra, superado de forma claramente satisfatória – para todos: professores, estudantes e funcionários.
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Como é ser advogado versus professor universitário? “Os estudantes hoje são mais comprometidos com causas”, diz Paulo de Tarso Domingues
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