Estado tem “dever de salvaguardar” direitos dos trabalhadores da Groundforce

  • Lusa
  • 7 Março 2021

A Comissão de Trabalhadores da Groundforce enviou pedidos de audiência a todos os grupos parlamentares, tendo recebido uma resposta positiva do PAN e do PCP.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da Groundforce defendeu este domingo que o Estado tem o “dever de salvaguardar” os direitos dos colaboradores da empresa, vincando que, até os salários serem pagos, não vai baixar os braços.

A CT considera absolutamente inadmissível que os trabalhadores estejam a ser alvo de um jogo de força entre o acionista privado ‘vs’ [versus] Estado e que os mesmos não sejam os responsáveis por esta situação que vivemos”, refere a CT num comunicado enviado aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso.

A CT refere ainda na mesma nota considerar que “o Estado português tem, para além de ser acionista, a responsabilidade social nesta questão e o dever de salvaguardar os direitos dos trabalhadores”. Este órgão representativo dos trabalhadores garante ainda que, até os salários serem pagos, “não baixará os braços”.

A CT da Groundforce enviou pedidos de audiência a todos os grupos parlamentares, tendo recebido uma resposta positiva do PAN e do PCP. Neste sentido, os trabalhadores vão, esta segunda-feira, à Assembleia da República.

Na sexta-feira, a Pasogal, acionista da Groundforce, insistiu que concordou com as exigências apresentadas pelo ministro das Infraestruturas para um empréstimo que permite pagar salários a 2.400 trabalhadores, que não apresentou condições novas e que aguarda o contacto do Governo.

Fonte oficial da empresa de Alfredo Casimiro, que detém 50,1% da Groundforce, insistiu, em resposta à Lusa, que concordou com todas as exigências que o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, apresentou numa conferência de imprensa, na quinta-feira, para desbloquear o adiantamento de dinheiro. A mesma fonte reiterou, ainda, estar a aguardar um contacto do Ministério das Infraestruturas relativamente a uma decisão final.

A Pasogal já tinha transmitido esta posição a vários meios de comunicação social, mas fonte oficial do gabinete de Pedro Nuno Santos afirmou que a empresa não aceitou as exigências e colocou novas condições, que estão a ser analisadas, não adiantando quais. Na quinta-feira, em conferência de imprensa, Pedro Nuno Santos disse que o empréstimo bancário à Groundforce será dado por um banco privado, com aval do Estado, realçando que as exigências para o financiamento aguardado serão “as mesmas” que as impostas para o adiantamento pela TAP.

Em comunicado enviado no mesmo dia, o acionista privado da Groundforce adiantou estar “já negociado” o empréstimo bancário com aval do Estado, “de 30 milhões de euros das anunciadas linhas Covid”.

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