Montepio terá o penhor das ações da Groundforce detidas por Alfredo Casimiro

O penhor das ações da Groundforce detidas pelo acionista privado Alfredo Casimiro estará nas mãos do Montepio, apurou o Expresso (acesso livre) junto de várias fontes. O empresário da Pasogal comprou metade do capital da empresa de handling com financiamento contraído junto do Montepio, em 2012, e será este banco que tem agora penhoradas a maior parte das ações, uma situação que impediu um acordo com o Governo que permitisse desbloquear dinheiro para os salários em atraso de 2.400 trabalhadores.

Casimiro (dono de 50,1% da Groundforce) e o ministro Pedro Nuno Santos (em nome da TAP, que detém os restantes 49,9%) estavam a negociar um adiantamento de serviços para pagar salários. Para o negócio avançar, o gestor daria a sua participação como garantia, mas — só uma semana depois do início das negociações — o Governo foi informado que estas ações já estão sob outra penhora, impossibilitando o negócio. Segundo o Expresso, essa penhora está no Montepio.

Em 2012, Alfredo Casimiro deu apenas três milhões de euros para comprar metade da Groundforce, enquanto os restantes três milhões foram conseguidos com financiamento do Montepio, então liderado por Tomás Correia.

O ECO contactou o Montepio, que respondeu não falar sobre qualquer assunto relacionado com clientes. Fonte oficial ligada a Alfredo Casimiro recusou comentar.