Este Twingo é igual aos outros, mas é Electric
É pequenino, mas tem uma bateria com uma autonomia ideal para a cidade. A dimensão compacta faz jus ao preço: este Twingo é o elétrico mais barato do mercado.
Começaram por ser totalmente diferentes dos demais automóveis que circulam nas estradas, mas agora passam despercebidos. Era fácil “encontrar” um elétrico no meio da “multidão” graças ao look diferenciador, mas com a crescente adoção da tecnologia praticamente não existem diferenças entre modelos a combustão ou que funcionam apenas com a energia elétrica. É isso que acontece, por exemplo, com o Twingo Electric.
Irmão gémeo do Smart Forfour, o Twingo já tem alguns aninhos nas estradas. O desenho de citadino simpático é o mesmo do dos modelos a combustão, conseguindo perceber-se que este é o Electric apenas por alguns apontamentos de cor azul. Estão na grelha, nas jantes e no grafismo que vai quase de uma ponta a outra dos pouco mais de três metros e meio de comprimento do pequeno francês.
Mais diferenças só mesmo no interior, com a principal a ser o seletor da “caixa de velocidades”. É aqui, bem como no rodar da chave da ignição que não devolve qualquer “ronco”, que se interioriza que este é um elétrico. E quando ano meio do conta-quilómetros temos um pequeno ecrã digital com uma “pilha” que nos mostra quanta energia está armazenada. E quantos quilómetros podemos andar.
Uma bateria especial
O Twingo Electric vem munido de um motor elétrico de 82 cv, denominado R80, que deriva do Zoe. É quase igual… quase. A resposta é a mesma, não sendo estonteante, é bem mais potente que a das versões a combustão. Dá um pequeno disparo, o que por vezes ajuda a evitar males maiores no trânsito da cidade, a casa deste modelo (mais um) da Renault. Mas a velocidade máxima é de 135 km/h.
A alimentar este motor está uma bateria produzida pela LG Chem. Está bateria de 22 Kw tem a particularidade de contar com refrigeração líquida. Pode parecer um pormenor, mas é a chave, promete a marca, para prolongar a vida desta bateria que dá uma autonomia de até 270 km ao Twingo. Esta é a autonomia que se consegue no habitat natural deste modelo, sendo que fora destes circuitos conte com menos 80 km.
Para ajudar neste jogo da autonomia existem ainda os modos de condução. Há o Normal, mas existem depois três modos de recuperação de energia de cada vez que se levanta o pé do acelerador. À medida que aumentamos a intensidade da recuperação, passando do B1 para o B2 ou o B3, sentimos aquele efeito de travão que quase dispensa usar o pedal da esquerda. Não há, contudo, grandes diferenças entre os vários níveis.
Meia hora e está (quase pronto)
Além do Normal, há, obviamente, o modo Eco, que é aquele em que conseguimos tirar mais partido da bateria. Quanto melhores as qualidades do condutor, mais quilómetros percorridos. E menos tempo a carregar, que se traduz em menos euros a pagar pela eletricidade. Se bem que estamos a falar de um modelo que face ao que existe no mercado se destaca: cerca de 22 mil euros chegam para comprar um Twingo Electric.
Para “atestar”, o Twingo faz uso daquele que a Renault chama de carregador Camaleão, um produto desenvolvido “em casa” para o Zoe. Este permite carregar a bateria com a corrente de casa, com uma wallbox ou nos postos de carregamento normais, que se encontram na via pública. Não há carregamentos rápidos para este modelo, mas ainda assim é rápido.
Se se conseguir uma potência de carregamento de 22 kW, basta meia hora para ter cerca de 150 km de autonomia. É suficiente para “saltar” de posto em posto, sendo que para essa “prova de estafetas” numa aventura fora da cidade há um aliado de peso. A Easy Connect é uma app que permite aceder remotamente ao carro, facilitando a planificação da viagem rumo às férias.
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