Vistos gold: Investimento chinês recua 28% para 158,8 milhões
Em ano de pandemia, o investimento chinês captado por via dos vistos gold diminuiu 28%, totalizando 158 milhões de euros. Os dados são do SEF.
O investimento chinês captado por via dos vistos gold caiu 28% no ano passado, face a 2019, para 158 milhões de euros, de acordo com dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
No âmbito do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI), foram concedidos no ano passado 296 vistos a cidadãos oriundos da China, totalizando 158 milhões de euros, em plena pandemia de Covid-19, o que representa uma quebra homóloga de 28%.
O montante investido pela China em 2020 é praticamente o mesmo valor investido pelo Brasil um ano antes. Em 2019, tinham sido concedidos 395 ARI à China, num investimento superior a 220 milhões de euros.
No segundo lugar do ‘top 5’ por origem do investimento está o Brasil, que investiu 83,9 milhões de euros (126 ARI) em 2020, uma queda de 47% face aos 158 milhões de euros (210) um ano antes. Em terceiro lugar estão os Estados Unidos, cujo investimento aumentou 13% no ano passado, face a 2019, para 49,3 milhões de euros, com 75 vistos gold concedidos, em pleno período da pandemia. O investimento norte-americano em 2019 tinha ascendido a 43,5 milhões de euros e um total de 65 ARI.
Comparativamente a 2019, o investimento turco ao abrigo deste instrumento caiu 19%, para 34 milhões de euros. No total, foram concedidos 72 ARI em 2020 (em 2019 investimento foi de 44,9 milhões de euros, tendo sido atribuídos 85 vistos gold).
A África do Sul, com um investimento de 36 milhões de euros no passado, num total de 74 ARI, completa a lista dos cinco países que mais investiram em 2020, através dos vistos gold. Em 2019, a Rússia integrava a lista, com um investimento de 35 milhões de euros, num total de 53 ARI.
O investimento captado através dos vistos gold subiu 13% em fevereiro, face a igual mês de 2020, para 52,3 milhões de euros, de acordo com contas feitas pela Lusa com base nas estatísticas do SEF.
O programa de concessão de ARI, lançado em outubro de 2012, registou até fevereiro deste ano – em termos acumulados – um investimento de 5.724.426.273,03 euros. Desde montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que ao fim de oito anos de programa soma 5.177.461.049,15 euros, sendo que a compra para reabilitação urbana totaliza 288.856.120,15 euros. O investimento captado por via do critério de transferência de capitais ascende a 546.965.223,88 euros.
Investimento chinês totaliza mais de 2.700 ME em mais de oito anos
O investimento chinês captado através dos vistos gold somava em mais oito anos de programa, até final de fevereiro, mais de 2.700 milhões de euros, de acordo com dados do SEF.
Entre outubro de 2012, altura em que teve início o programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI), foram captados 2.751.341.633,59 euros, com um total de 4.837 vistos gold atribuídos.
Em segundo lugar está o Brasil, com um investimento de mais de 785 milhões de euros e 1.001 vistos “dourados” atribuídos até ao mês passado. A Turquia ocupa o terceiro lugar por nacionalidade do investimento, com um total de 456 vistos atribuídos em todo o programa. No total, a ARI de origem turca totaliza 239,9 milhões de euros.
África do Sul e Rússia ocupam, respetivamente, o quarto e quinto lugares, no ‘top 5’ por nacionalidades. Em mais de oito anos, foram atribuídos 397 autorizações de residência para investimento a cidadãos sul-africanos, num total de 233,1 milhões de euros. A Rússia captou 366 vistos gold, num montante total de 244,1 milhões de euros.
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