Número de voos da TAP cai pelo quarto mês consecutivo
O número de voos operados pela companhia aérea nacional desceu pelo quarto mês consecutivo, "com fevereiro a verificar uma queda mais acentuada", indica documento da empresa, a que o ECO teve acesso.
Fevereiro foi mais um mês em que se acentuou a “tendência decrescente” no número de voos e capacidade da TAP, comparativamente com o mesmo mês do ano passado. Resultado do “agravamento das medidas restritivas” para travar a pandemia, a companhia aérea nacional reduziu em 89% o número de voos e em 92% a sua capacidade, refere um documento enviado esta quarta-feira aos trabalhadores, a que o ECO teve acesso.
Perante este cenário, a 10 de março, a TAP ajustou a “oferta de capacidade em menos 10% face à operação publicada em janeiro para o primeiro trimestre deste ano, em virtude do impacto das restrições em mercados como Angola, Brasil e UK [Reino Unido], resultando numa variação de menos 83% face ao primeiro trimestre de 2019″, indica o documento interno da TAP.
Esta tendência decrescente foi também visível na evolução do número de voos “ao longo dos últimos meses”. “Pelo quarto mês consecutivo o número de voos tem descido, com fevereiro a verificar uma queda mais acentuada”, diz a empresa, notando que a taxa de ocupação média global dos seus aviões entre outubro e dezembro de 2020 foi de 52%.
Para o segundo trimestre, “as projeções são um pouco mais otimistas”, com a empresa a estimar que a percentagem da capacidade suspensa face a igual período de 2019 “venha a diminuir, gradualmente, com valores de: menos 61% em abril, menos 58% em maio e menos 45% para junho”.
O mesmo documento refere que a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) reviu em baixa as projeções de capacidade da TAP “em todos os cenários, particularmente no curto prazo”: menos sete pontos percentuais em março e menos um ponto percentual de abril em diante. “A TAP projeta, para os próximos meses, uma capacidade em linha com o cenário moderado da IATA”, lê-se.
Para o futuro, “no curto prazo e no cenário moderado”, a projeção da IATA em termos de procura nos mercados onde a TAP opera aponta para uma recuperação de 63% do tráfego global, 77% do tráfego doméstico e 55% do tráfego internacional, “comprovando a retoma lenta estimada, particularmente no tráfego internacional”, diz a empresa.
A acompanhar este documento enviado aos trabalhadores está uma mensagem de Ramiro Sequeira, onde o CEO nota que “este cenário pode-se alterar rapidamente em virtude da evolução das restrições e imposições à mobilidade das pessoas”. “É neste contexto operacional que nos mantemos confiantes de que o Plano de Reestruturação (…) é chave para alcançar o gradual e progressivo reequilíbrio económico-financeiro“, remata.
(Notícia atualizada às 11h20 com mais atualização)
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