El Corte Inglés Portugal critica “dualidade de critérios” no desconfinamento
O El Corte Inglés aponta que a "dualidade de critérios" entre as medidas adotadas para as grandes superfícies e para os grandes armazéns "põe em causa as regras de livre concorrência de mercado".
O grupo Corte Inglés Portugal contesta as regras de desconfinamento definidas pelo Governo, manifestando-se bastante crítico face à “dualidade de critérios” nas medidas aplicadas para as grandes superfícies, que já permitem a venda de vestuário e brinquedos, e as medidas destinadas aos grandes armazéns, que “são também uma grande superfície” mas “estão impedidos de fazer o mesmo”.
“À luz das novas regras de “desconfinamento”, as grandes superfícies como os hipermercados, podem vender moda, decoração, têxtil-lar, electrodomésticos, além da alimentação, ao passo que os grandes armazéns, que são também uma grande superfície, estão impedidos de fazer o mesmo”, denuncia o grupo espanhol, em comunicado.
Nesse sentido, o El Corte Inglés aponta que “esta dualidade de critérios está a prejudicar” o negócio “e, consequentemente, os seus trabalhadores e os seus fornecedores”, referindo que a medida “põe em causa as regras de livre concorrência de mercado”.
Não obstante, o grupo esclarece que está ” a cumprir escrupulosamente todas as regras”, apesar de considerar que esta medida é “injusta” e “prejudicial”, sublinhando que “põe em causa os rendimentos de mais de 5 mil famílias, entre colaboradores diretos e indiretos”.
Portugal entrou esta segunda-feira na segunda fase de desconfinamento. Nesta fase, em linhas gerais, as grandes superfícies, como os hipermercados, voltaram a poder vender vestuário, brinquedos e equipamentos desportivos, artigos que estavam até agora vedados para não levar a concorrência desleal para com os estabelecimentos que tinham de estar encerrados.
Também esta segunda-feira, os alunos dos 2.º e 3.º ciclos retomam as aulas presenciais, os ginásios voltaram a abrir portas (ainda que sem aulas em grupo) e as lojas com porta para a rua com menos de 200 metros quadrados deixaram de ter de vender ao postigo e passam agora a poder ter as suas portas abertas ao público. Na restauração, os restaurantes, as pastelarias e os cafés que tenham esplanada podem reabrir esses espaços ao ar livre, mas com grupos limitados a um máximo de quatro pessoas. Ao mesmo tempo, também museus, galerias de arte monumentos, palácios e similares voltaram a receber visitantes.
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