Hotelaria já despediu 30 mil trabalhadores. Pode aumentar se não tiver mais apoios

  • ECO
  • 11 Abril 2021

Presidente da Associação da Hotelaria de Portugal, Raul Martins, avança em entrevista à Antena 1 e ao Negócios que o setor registou, no primeiro trimestre do ano, quebras de 80% na faturação.

A hotelaria já perdeu 30 mil trabalhadores desde o início da pandemia, segundo números avançados pelo presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios (acesso livre). Raul Martins alerta que, sem prolongamento de apoios ao setor, o número de despedimentos poderá aumentar.

“Se o apoio ao emprego, pagando a totalidade do salário daqueles que não trabalham, não se prolongar para além de setembro, inevitavelmente, vamos ter despedimentos coletivos“, afirma Raul Martins, à Antena 1 e Negócios, apontando para um horizonte até março de 2022. Além do apoio ao pagamento de salários, defende a isenção do pagamento da TSU a 100%, um pedido que foi feito ao Governo. O representante do setor considera que, mesmo que os hotéis consigam começar o verão em maio, a atividade não vai ser suficiente para conseguir manter todos os postos de trabalho.

Raul Martins diz que a linha de crédito específica para o turismo (com 300 milhões de euros) vem “tarde” e é “insuficiente”, acrescentando que não há capacidade de pagar dívidas se não forem prolongadas as moratórias bancárias. Os hotéis registaram, no primeiro trimestre do ano, quebras de 80% na faturação face ao ano passado. Cerca de 10% já não voltará a abrir.

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