Quem tem medo de Donald Trump? Wall Street
As ações norte-americanas somaram hoje a maior série de perdas desde a eleição de Trump. A política pouco ortodoxa do novo Presidente dos EUA e os resultados empresariais condicionaram as ações.
Wall Street treme com Trump. As ações norte-americanas somaram esta terça-feira a quarta sessão consecutiva de perdas, naquele que já é o mais extenso ciclo de desvalorizações desde a eleição de Donald Trump, em novembro do ano passado. Os investidores mostram assim os seus receios em torno das recentes decisões políticas controversas por parte do 45º Presidente dos EUA, mas o comportamento dos índices também foi condicionado pelos resultados empresarias.
O S&P 500, o índice que agrega as 500 principais capitalizações bolsistas norte-americanas, recuou nesta sessão 0,09%, para os 2.278,92 pontos, a quarta seguida, condicionado pelo desempenho dos setores industrial, financeiro e tecnológico. Já o índice industrial Dow Jones deslizou 0,54%, para os 19.864,09 pontos, enquanto o Nasdaq contrariou com um avanço modesto de 0,2%, para os 5.614,79 pontos, antes de serem conhecidas as contas trimestrais da Apple. O mercado antecipa que as contas da gigante tecnológica dececionem.
A Apple é apenas uma das empresas de referência que marcou para o dia de hoje para a divulgação dos seus resultados. O mesmo aconteceu, por exemplo, com a Exxon ou com a Pfizer. Os resultados de qualquer destas empresas desagradaram os investidores. O setor farmacêutico esteve, aliás, no centro das atenções no dia em que os presidentes das empresas farmacêuticas — produtoras e de investigação — reuniram com o novo Presidente dos Estados Unidos. Tal como prometeu, Trump afirmou que não vai facilitar o trabalho a esta indústria que, segundo ele, tem abusado nos preços dos produtos. De salientar que cerca de um terço dos membro do S&P 500 já apresentaram resultados esta temporada, das quais três quartos superaram as estimativas dos analistas sondados pela Bloomberg.
Os investidores estão precisamente muito focados na atuação do novo Presidente dos EUA, temendo aquele que poderá ser o impacto sobre a economia das recentes decisões políticas controversas. Entre as mais recentes, inclui-se a demissão da procuradora-geral interina dos EUA pela Casa Branca por esta se ter oposto ao encerramento das fronteiras, mas também o aviso deixado aos funcionários “rebeldes” da sua Administração de que não espera lidar com nenhum tipo de oposição interna.
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