90% das vacinas vão ser distribuídas de acordo com o critério da idade, diz coordenador da task force
O coordenador da task force para o plano de vacinação adiantou que, com a abundância de vacinas que Portugal terá, vai ser possível alterar a estratégia para a segunda fase, agregando com a terceira.
O coordenador da task force para a vacinação contra a Covid-19 adiantou que está prevista uma mudança na segunda fase do plano, e será feita uma “sequenciação etária pura”. Está neste momento a ocorrer a transição para esta nova onda de vacinação, que será marcada por uma maior “abundância” de vacinas.
O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo apontou que estamos numa “transição da fase 1, em que havia escassez de vacinas e em que processo tinha grande detalhe para encontrar grupos específicos,” para uma fase que mistura aquelas que eram planeadas como 2ª e 3ª “que é de abundância, em que em vez do detalhe é importante fluidez”, na reunião de peritos com governantes e políticos no Infarmed.
Em abril, teremos disponíveis cerca de 1,9 milhões de vacinas para administrar à população portuguesa, uma “quantidade substantiva comparando com meses anteriores”, sinalizou. Por isso, está a ser considerado “alterar a tipologia da fase 2, colapsando com a fase 3, uma vez que há disponibilidade de vacinas para fazer uma nova estratégia”.
Assim, a vacinação vai “começando dos 70 anos para baixo, por faixas etárias de 10 anos”, adiantou. O vice-almirante explicou que quando uma população alvo é atingida em 85%, “começa a ser difícil agendar e encontrar resto da população porque sobrestimamos”. “A partir de agora vamos fazer sequenciação etária pura como método principal, usando 90% das vacinas para isso”, disse.
Serão deixadas “cerca de 10% de vacinas para doenças que não estão relacionadas com a idade e podem atingir população mais jovem”, definiu o coordenador. Isto já que aquelas doenças relacionadas com a idade serão “alcançadas pelo processo” de vacinação das faixas etárias a ser feito atualmente.
O vice-almirante adiantou também que será possível “vacinar todas pessoas acima dos 60 anos entre última semana de maio e primeira de junho”. Para além disso, a previsão é que “atingiremos 70% da população, o que equivale a todas pessoas acima de 30 anos vacinada, entre julho e agosto” (com a primeira dose).
O coordenador apontou que “qualquer pessoa que tenha escapado [à vacinação], ou a autoagendamento ou à base de dados de utentes, poderá ou através de familiar agendarem num portal web, ou pedindo ajuda na junta, PSP ou corpo bombeiros”, chegar lá. Estas entidades vão servir “como passo intermédio para colocarem utente no processo de agendamento”, explicou.
Quanto aos grupos da primeira fase, naqueles com mais 80 anos a vacinação já está acima dos 90% e entre os 50 e 80 anos com comorbilidades tipo 1 estamos acima dos 80% da vacinação. Já os profissionais de saúde estão nos 96%, os serviços essenciais identificados para a primeira fase a 99% e escolas estão a 23%, sendo que “neste fim de semana vamos atingir todos profissionais na área de ensino”, excluindo o superior.
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