Covéa fechou 2020 a lucrar 415 milhões, em quebra de 52% por conta da pandemia
Assumindo esforço global de 457 milhões de euros em medidas de solidariedade, incluindo indemnizações justificadas pelo impacto da pandemia, o volume de prémios adquiridos em França decresceu 3,3%.
A Covéa, mutualista francesa líder em diversos ramos de seguros, registou declínio anual de 4,5% no volume de prémios adquiridos, totalizando 16,62 mil milhões de euros, com quebra de dois dígitos na atividade internacional (-12,4%, para 1,9 milhões de euros e a representar cerca de 11% do total consolidado pelo grupo). Em França, o negócio recuou 3,3% para 14,73 mil milhões de euros.
A receita em seguros de bens e responsabilidade ascendeu a 9,56 mil milhões de euros (-7% face a 2019), decrescendo 8,0% no seguro de pessoas, para 5,17 mil milhões de euros. A quebra no conjunto do negócio reflete a diminuição da coleta bruta nos contratos de poupança em França e Itália, explica a companhia em comunicado. No segmento pessoas, a coleta bruta no negócio poupança-reforma teve declínio de 16,2%.
O declínio no volume de prémios reflete o impacto da crise sanitária na atividade, a que se juntou o esforço da mutualista francesa com as iniciativas de solidariedade tomadas por iniciativa própria, mas também pela adesão da Covéa às medidas lançadas pelo poder público, em apoio às empresas e ao sistema de previdência do país. De acordo com o reportado, o grupo Covéa desembolsou 457 milhões de euros (antes de impostos) a favor das medidas de solidariedade no combate à pandemia, em 2020.
Além dos gestos de solidariedade praticada pelas 3 marcas do grupo, a entidade afirma que desempenhou o seu papel de seguradora, assumindo custos com sinistros, na maioria decorrente de perdas de exploração, por um montante estimado de 456 milhões de euros, antes de impostos e líquido de resseguro.
O grupo liderado por Thierry Derez (CEO) reconhece que a pandemia de Covid-19 teve forte impacto na sinistralidade, em particular em França e nas linhas seguros profissionais e de empresas, por efeito da suspensão de atividades e perdas de exploração. Em consequência, o resultado líquido do grupo caiu 52%, ou 443 milhões face ao apurado em 2019, totalizando 415 milhões de euros, sendo que a França gerou 491 milhões (-365 milhões do que em 2019) e o negócio internacional fechou o ano com perdas de 76 milhões, contra lucro de dois milhões no anterior.
O rácio combinado do grupo mutualista foi calculado em 100,8%, agravando-se 2,7 pontos em relação à eficiência de um ano antes, enquanto o rácio de solvabilidade passou 406%, para 394%, de um ano para o outro.
Entre outros números destacados no comunicado, a Covéa fechou o exercício com uma carteira de 11,6 milhões de clientes e afiliados, 10,7 milhões de veículos segurados, 8,1 milhões de apólices habitação e três milhões de beneficiários de seguros/planos saúde.
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