Polícia Judiciária faz buscas na Câmara Municipal de Lisboa
A Polícia Judiciária está a realizar buscas em instalações da Câmara Municipal de Lisboa, concretamente no Campo Grande e nos Paços do Concelho.
A Polícia Judiciária (PJ) realizou buscas na Câmara Municipal de Lisboa esta terça-feira. A notícia foi avançada pelo Observador e pela RTP, que citam um comunicado da autarquia que confirma as diligências em instalações no Campo Grande e nos Paços do Concelho.
A ação da PJ resulta de várias denúncias, incluindo uma participação ao Ministério Público por parte do próprio município. Segundo a PJ, “estarão em causa suspeitas da prática de crimes cometidos no exercício de funções públicas, relacionados com a área do urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, nomeadamente, abuso de poder, participação económica em negócio, corrupção, prevaricação, violação de regras urbanísticas e tráfico de influências”.
Mais em concreto, segundo a Câmara Municipal, essas denúncias estiveram relacionadas com a “empreitada na Segunda Circular cancelada pela autarquia”, com “processos urbanísticos (Hospital da Luz, Torre da Av. Fontes Pereira de Melo, Petrogal, Plano de Pormenor da Matinha, Praça das Flores, Operação Integrada de Entrecampos, Edifício Continente, Twin Towers, Convento do Beato)” e, ainda, com as empreitadas “São Pedro de Alcântara e Piscina Penha de França”.
“Tanto a empreitada anulada pelo município na Segunda Circular, como a Torre de Picoas e Hospital da Luz já tinha sido adiantado pela Procuradoria-Geral da República estarem a ser alvo de investigação“, sublinha o comunicado, enviado também ao ECO. “As diligências hoje efetuadas são as primeiras que a Câmara tem conhecimento sobre estes processos”, acrescenta a mesma nota.
A ação da PJ foi realizada no âmbito de oito inquéritos dirigidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa – 1ª Secção, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, com o apoio da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática, juntamente com Magistrados do Ministério Público.
Foram executados “28 mandados de busca, 10 buscas domiciliárias e 18 não domiciliárias, visando a recolha de documentação relacionada com suspeitas de práticas criminosas, sob investigação”. “A ação desenvolveu-se em Lisboa, Sintra, Cascais, Caldas da Rainha e Alvor, contando com a participação de seis magistrados do Ministério Público e de 90 inspetores e peritos da Polícia Judiciária”, indicou a PJ, em comunicado.
(Notícia atualizada pela última vez às 16h25)
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