Marcelo anuncia fim do Estado de Emergência
O Presidência da República confirmou esta terça-feira à noite que não vai propor a renovação do Estado de Emergência, após 15 renovações.
O Presidente da República falou ao país esta terça-feira à noite, depois de ouvir os partidos sobre o possível fim do estado de emergência, para anunciar que não haverá uma renovação, após 15 estados de emergência. Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro, António Costa, já tinham expressado a vontade de que este fosse o último estado de emergência.
“Decidi não renovar o estado de emergência“, anunciou o Presidente da República, justificando a decisão com a redução do número de mortes, dos internados em enfermaria e cuidados intensivos, assim como a redução do Rt (indicador de contágio) e a estabilização do número de infetado (a incidência da pandemia). “Pesou também o avanço em testes e, ainda mais importante, em vacinação, que saúdo e incentivo“, afirmou.
Além disso, Marcelo notou que já decorreram várias semanas desde a reabertura das escolas ou da Páscoa, momentos de possível aumento do contágio. “Pesou ainda o que significaria como reconhecimento do consistente e disciplinado sacrifício de milhões de portugueses desde novembro e mais intensamente desde janeiro e também como sinal de esperança mobilizadora para o muito que nos espera”, acrescentou.
Apesar desta decisão, Marcelo quis deixar um alerta ao povo português: “Não estamos numa época livre de Covid, livre de vírus. Podemos infetar os nossos contactos e permitir que a doença continue a transmitir-se. Enfrentámos ademais o risco de novas variantes”, as quais podem resistir à vacina contra a Covid-19, disse, pedindo a todos uma “preocupação preventiva”. “Cada passo é baseado na confiança coletiva e temos de poder contar com cada um de nós“, sublinhou.
“O passo por mim hoje dado é baseado na confiança”, disse Marcelo, notando que “há que manter ou adotar todas as medidas consideradas indispensáveis para impedir recuos, retrocessos, regressos a um passado que não desejámos”.
O fim do estado de emergência, o qual vinha a ser renovado desde novembro do ano passado, não é irreversível: “Se necessário for, não hesitarei em avançar com um novo estado de emergência se o presente passo não deparar com a resposta baseada na confiança essencial para todos nós“, avisou.
O Presidente da República aproveitou esta curta mensagem aos portugueses para deixar um agradecimento aos cientistas, em especial aos epidemiologistas e especialistas em saúde pública. “Os mais heróis dos heróis desta pandemia”, classificou.
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou ainda os portugueses por “um ano e dois meses de corajosa e disciplinada resistência”. “Sei que cada abertura implica mais responsabilidade e que os tempos próximos serão ainda muito exigentes. Eu acredito na vossa sensatez e solidariedade numa luta que é de todos. Nessa luta temos de poder contar com cada um de nós. Cada português conta e vai contar porque cada português sabe que é Portugal”, concluiu.
O estado de emergência terminará na próxima sexta-feira, 30 de abril, pelas 23h59.
(Notícia atualizada às 20h16 com mais informação)
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