AGCS lista principais riscos: Covid, Cyber, ESG e Compliance

  • ECO Seguros
  • 16 Maio 2021

Nos sinistros cibernéticos, as 3 causas de prejuízos mais elevados são falhas de sistemas ou erros de segurança, negligência e litígios entre empresas seguradas, revela análise.

A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), filial do grupo segurador alemão para o segmento de grandes riscos e soluções para empresas, divulgou novo relatório, destacando as principais tendências de risco para bancos, empresas de gestão, empresas de capital privado (private equity), seguradoras e outros operadores do setor de serviços financeiros.

No relatório Financial Services Risk Trends: An Insurer´s Perspective, que a AGCS acaba de divulgar, adverte-se: “O setor de serviços financeiros depara-se com um período de riscos crescentes.” Simultaneamente, “a cultura e a conduta” das instituições financeiras estão sob escrutínio apertado de agentes relacionados (stakeholders) em diversas áreas, “como sustentabilidade, política de emprego, diversidade e inclusão e remuneração dos seus dirigentes,” salientam os especialistas que assinam o documento.

Identificando os principais riscos, os eventos cibernéticos surgem no topo do ranking (47%), seguidos dos efeitos prolongados no espetro da pandemia (Covid-19) sobre a envolvente macroeconómica (insolvências), financeira (mercados de capitais) e, em particular, pelo potencial de encargos que as seguradoras têm ainda de desembolsar para indemnizar fecho de negócios (Business Interruption) e nas linhas que cobrem responsabilidades de administradores e gestores (D&O).

A nova análise da AGCS baseou-se em 7 654 reclamações de seguro ao longo dos últimos cinco anos, por valor aproximado de 1, 05 mil milhões de dólares (cerca de 870 milhões de euros). A coleção de casos mostra incidentes cibernéticos, incluindo eventos criminosos, como a principal causa de prejuízos. Segundo concluiu a investigação, as companhias assistem a número crescente de falhas de rede, roturas de acesso a serviço e violação de privacidade, tendo como potencial “elo mais fraco” nos eventos cibernéticos “terceiras partes relacionadas e fornecedores de serviços” de rede.

O histórico de janeiro de 2015 a 31 de março de 2021 permitiu perceber que, entre 10 causas de prejuízos mais avultados, a distribuição dos montantes mais elevados ordenou-se como segue:

(i) 12% resultou de falhas de sistema ou erros de segurança de rede, acesso indevido, rotura ou crime;

(ii) 11% teve origem em negligência;

(iii) 6% correspondeu a gastos de litígios entre seguradoras e segurados e disputas entre empresas seguradas.

O novo relatório desenvolve temática abordada no último Allianz Risk Barometer 2021, cuja divulgação ECOseguros noticiou em março, no qual são analisadas as opiniões e experiências de mais de 900 profissionais.

Nesse relatório, a Allianz apontou os incidentes cibernéticos, a pandemia e a interrupção de negócios como os três principais riscos no setor financeiro. Juntam-se a evolução legislativa e regulamentar, incluindo as questões ESG (Environmental, Social and Governance) e os eventos resultantes das alterações climáticas.

Por fim, os fatores de natureza macroeconómica, tais como o aumento do risco de crédito e o ambiente de taxas de juro baixas ocupam o quinto lugar.

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