Águas de Portugal faturou mais, mas lucros encolheram na pandemia

  • Lusa
  • 10 Maio 2021

Volume de negócios ascendeu a 715,3 milhões de euros, EBITDA cresceu, mas os resultados líquidos encolheram devido ao impacto da pandemia e à queda dos juros da dívida de Portugal.

A Águas de Portugal (AdP) registou lucros de 78,6 milhões de euros, em 2020, uma redução de 5,5% devido ao impacto da pandemia e à “redução do referencial de mercado para fixação da remuneração acionista”, segundo um comunicado.

Na nota, a AdP deu conta que a sua assembleia-geral (AG) de acionistas aprovou o relatório e contas do grupo, referente a 2020, referindo que “o bom desempenho económico registado no ano fica marcado por um conjunto de indicadores positivos, como seja a evolução do volume de negócios que ascendeu a 715,3 milhões de euros, com um aumento de 3,4% relativamente ao exercício de 2019”.

Já o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 2,3% para 374,1 milhões de euros, indicou a empresa.

“Destaca-se também uma evolução favorável em indicadores de eficiência operacional, bem como o registo de 55,4 milhões de euros de superavit tarifário, que veio permitir a redução, pelo terceiro ano consecutivo, do desvio de recuperação de gastos acumulado do grupo AdP”, informou.

Assim, o resultado líquido, “deduzido desse superavit tarifário, foi de 78,6 milhões de euros, o que representa uma redução de 5,5% em relação ao exercício anterior, decorrente do impacto da pandemia e da redução do referencial de mercado para fixação da remuneração acionista das entidades gestoras dos sistemas multimunicipais (Obrigações do Tesouro a 10 anos)”, adiantou a empresa.

Já o endividamento líquido registou uma quebra de 9%, “e corresponde já ao EBITDA gerado nos próximos quatro anos”, sendo que “este indicador de solidez financeira é particularmente relevante, numa indústria de capital intensivo e com um perfil económico relativamente estável, no largo horizonte dos períodos de concessão”.

O grupo recordou que apresentou, em 2020, “o Quadro Estratégico de Compromisso para a década onde enquadra um conjunto de desafios e compromissos no sentido de elevar os padrões de exigência e acrescentar utilidade social na gestão do ciclo urbano da água” focando-se na “excelência do serviço ao cliente, na valorização do capital humano, na inovação, na resiliência, na neutralidade carbónica e na economia circular”.

Além disso, referiu a AdP, no ano passado “foi também lançado o Programa de Neutralidade Energética Zero que assenta numa estratégia continuada de redução de consumos e de aumento da produção própria de energia 100% renovável que permitirá ao Grupo AdP atingir, até 2030, a neutralidade energética em todas as suas atividades nacionais e internacionais a nível mundial”.

O Grupo AdP – Águas de Portugal é detido pelo Estado português e foi fundado em 1993.

“Este grupo empresarial público é constituído por 19 empresas, das quais 13 são entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água e de tratamento de águas residuais que prestam serviços em 222 municípios de Portugal continental, abrangendo cerca de oito milhões de pessoas”, recordou a empresa.

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