A diversidade de género não é apenas importante. É boa para os negócios

  • Jane Hoffer
  • 7 Junho 2021

As empresas que têm forças de trabalho mais diversificadas conseguem um melhor desempenho do que as empresas que não têm.

Tem-se falado muito em recrutar mais mulheres para a CTEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) desde que eu era uma das poucas estudantes de engenharia da Universidade do Texas A&M. Mas há uma grande e simples razão pela qual a diversidade de género na contratação é tão crítica: As empresas que têm forças de trabalho mais diversificadas conseguem um melhor desempenho do que as empresas que não têm.

Um estudo sobre mais de 22.000 empresas em todo o mundo da Harvard Business Review concluiu que, ao passar de nenhuma mulher na liderança empresarial (cargos como CEO, conselho de administração e outras posições executivas) para uma quota de liderança feminina de 30%, as empresas viram um aumento médio de 15% na rentabilidade.

Quando entrei na Flow no início de 2020, as mulheres representavam menos de 10% da força de trabalho da empresa. Hoje, não só há uma mulher ao leme, como mais do que duplicámos a nossa equipa feminina. Como em qualquer iniciativa de crescimento, é um trabalho em curso. E o meu objetivo final é que possamos deixar de falar de inclusão e equidade de género, porque já não será um problema.

Mas há algumas coisas que deve perguntar a si própria quando pretende juntar-se a uma nova empresa:

Como é que é a empresa?

A equidade na contratação e inclusão é mais do que apenas um programa. As empresas e as suas equipas de liderança têm de o viver. Como líder, se olhar à sua volta e vir uma mesa cheia de pessoas que se parecem consigo, é altura de se fazer algumas perguntas. E para um potencial candidato a emprego, se não vir mais ninguém que se pareça consigo, deve fazer perguntas difíceis sobre a empresa.

Existe 100% de equidade salarial?

Uma das maiores coisas que as empresas podem fazer para encorajar a diversidade e a inclusão é nivelar o campo de jogo. Uma estrutura salarial fixa, que não discrimine com base no género, é fundamental – as mulheres precisam de estar confiantes de que estão a ganhar 100% do que um homem ganha. A nível global, as mulheres ganham 77 cêntimos por cada 1 euro que um homem ganha. Portugal é, em média, mais equitativo, com a diferença salarial a ser alegadamente inferior a 10%, mas ainda há margem para melhorias.

Estamos a promover uma cultura de inclusão?

Inclusão e pertença são conceitos que vão para além das competências e das percentagens de discriminação por género. Quando uma empresa incute verdadeiramente a sua cultura de valores que refletem a inclusão, é aí que acontece a verdadeira mudança.

A contratação é apenas o primeiro passo para a equidade no local de trabalho. É preciso não só criar valores empresariais que apoiem toda a gente, independentemente do género ou raça, mas também responsabilizar toda a gente por esses padrões. Deve-se construir um ambiente que faça com que todas as pessoas queiram aderir, ficar e crescer.

  • Jane Hoffer
  • CEO da GoWithFlow

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