Turismo recupera em abril mas continua abaixo de níveis pré-pandemia
O mercado interno mantém-se como o que mais impulsiona a retoma. As dormidas de residentes aumentaram 517% e as de não residentes cresceram 496,5%, em abril (face ao mês anterior).
O turismo reagiu positivamente à diminuição das restrições às viagens e ao desconfinamento, tendo recuperado em abril, de acordo com dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). No entanto, hóspedes e dormidas registadas pelos estabelecimentos em Portugal continuam abaixo dos níveis pré-pandemia.
O setor do alojamento turístico registou 460 mil hóspedes e 946,8 mil dormidas em abril de 2021, correspondendo a variações de 762,6% e 510,8%, respetivamente, relativamente ao mesmo mês de 2020, quando praticamente a atividade turística cessou. Comparando com abril de 2019, os hóspedes registaram um decréscimo de 80,3% e as dormidas diminuíram 84,2%.
Em termos de tipologia, as dormidas na hotelaria (73,4% do total) aumentaram 678,8% (-86,0% face a abril de 2019). As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 19,7% do total) cresceram 219,7% (-77,9% face ao mesmo mês de 2019) e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 6,9%) aumentaram 785,0% (-58,7% face a abril de 2019).
As empresas também reagiram ao reforço da procura, com vários locais a reabrirem. Em abril, 47,6% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes, o que revela uma diminuição face aos 60,4% registados em março.
Já no que diz respeito aos clientes, é o mercado interno que mais está a impulsionar a retoma. As dormidas de residentes aumentaram 517,0% (-20,8% em março) e as de não residentes cresceram 496,5% (-86,7% no mês anterior). Comparando com abril de 2019, observaram-se decréscimos de 60,3% e 93,5%, respetivamente.
Considerando os primeiros quatro meses do ano, verificou-se uma diminuição de 70,1% das dormidas totais, resultante de variações de -39,0% nos residentes e de -85,6% nos não residentes. Nesse período, os maiores decréscimos verificaram-se nos mercados canadiano (-97,4%) e chinês (-96,4%), enquanto, em sentido contrário, as menores diminuições foram registadas nos mercados polaco (-55,5%), suíço (-69,6%) e italiano (-74,1%).
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