Exclusivo Christine Ourmières-Widener é a gestora francesa que vai liderar a TAP
Christine Ourmières-Widener é a gestora escolhida pelo Governo para liderar a companhia aérea. Com experiência no setor da aviação, é especialista em processos de reestruturação.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, tinha anunciado que a TAP teria um Chief Executive Officer (CEO) internacional e agora já há um nome escolhido. Christine Ourmières-Widener será a presidente executiva da companhia aérea controlada pelo Estado. A gestora, com experiência de liderança no setor da aviação, será oficializado quando o Governo divulgar a lista dos órgãos sociais da TAP, obrigação que tem de ser cumprida até ao próximo dia 10, 15 dias antes da assembleia geral marcada para 24 de junho.
Especialista no setor de transportes e infraestruturas, Christine Ourmières-Widener foi CEO do Flybe Group, uma das mais importantes companhias aéreas regionais da Europa com operação no Reino Unido (entretanto alvo de uma operação de venda), tinha sido antes presidente executiva de uma sociedade de leasing especializada no setor da aviação, e o seu percurso inclui também funções na Air France/KLM. No Linkedin, é identificada como especialista em processos de transformação e reestruturação, exatamente a fase em que a TAP está.
Oficialmente, o Ministério das Infraestruturas não faz comentários, mas três fontes diferentes confirmaram ao ECO a escolha desta gestora como CEO da TAP. Ainda não se sabe quem vai integrar o novo conselho de administração, mas Miguel Frasquilho deverá ser reconduzido como chairman, assim como Ramiro Sequeira, que é hoje o presidente executivo interino e que permanecerá como administrador executivo no próximo mandato para o período 2021 a 2024.
O novo conselho terá outra novidade: pela primeira vez será nomeado pelo Estado um elemento escolhido pelos trabalhadores. As candidaturas já estão fechadas — incluindo o nome do economista Ricardo Paes Mamede — e a votação será feita a 3 de junho.
Pedro Nuno Santos tem a expectativa de que a Comissão Europeia aprovará o plano de reestruturação da TAP antes da realização da assembleia geral da companhia, a 24 de junho, permitindo assim que a nova equipa possa começar a trabalhar já com esse dossiê fechado. E das informações disponíveis até ao momento, não há a indicação de diferenças relevantes face ao plano de reestruturação já conhecido, nomeadamente em relação ao número de aviões e ‘slots’, isto é, as autorizações para aterrar e levantar num determinado aeroporto.
Como o ECO já revelou, a TAP deu por terminadas as negociações individuais com os trabalhadores e ficou com uma lista de cerca de 200 pessoas que poderão ser alvo de despedimento. Numa comunicação interna a que o ECO teve acesso, o chairman Miguel Frasquilho e o CEO Ramiro Sequeira lembram que é uma diminuição face aos 2.000 que estavam inicialmente previstos.
O plano de reestruturação da TAP, recorde-se, admite uma injeção de fundos públicos até. 3,75 mil milhões de euros, incluindo os 1.200 milhões de 2020 e os cerca de mil milhões estimados para este ano.
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