EDP Renováveis “é muito boa”, mas a GreenVolt tem biomassa

EDP Renováveis, Acciona e Orsted são, segundo Manso Neto, "muito boas empresas", mas estão focadas na energia eólica e na solar. A GreenVolt oferece aos investidores a aposta na biomassa.

João Manso Neto, que durante anos liderou a EDP Renováveis, aceitou o desafio de comandar o futuro da GreenVolt, a empresa de energias renováveis da Altri. É uma empresa “com uma forte estratégia”, com “visão de mercado”, que aposta na diversificação para crescer neste negócio das energias limpas onde já existem muitas outras “boas empresas”, mas que não têm biomassa.

A GreenVolt diz ter um posicionamento único no setor das energias renováveis. E, no Capital Markets Day, realizado numa altura em que está a ser preparada uma possível entrada no mercado de capitais português, Manso Neto fez questão de explicar o que diferencia a empresa que agora lidera das demais, incluindo a EDP Renováveis.

Comparou a GreenVolt com os players do mercado do petróleo, que agora começam a fazer a transição energética, entre eles a Galp Energia, mas também com as elétricas integradas, como a EDP, salientando a aposta de muitas delas no negócio das energias verdes. Depois, chegou a vez das empresas de renováveis “puras”.

EDP Renováveis, Acciona e Orsted são, segundo Manso Neto, “muito boas empresas”, mas estão focadas na energia eólica e na solar. Depois há os players do mercado das renováveis na Península Ibérica, como a Solaria ou a Grenergy, e, por fim, as empresas de biomassa tradicionais, casos da Albioma e da Drax.

As renováveis “puras” não têm o que a GreenVolt oferece aos investidores: a biomassa. E as empresas de biomassa não oferecem o potencial de expansão do negócio para o eólico e o solar.

“A GreenVolt é um produtor independente de energia focado no negócio regulado da biomassa que está a expandir a sua presença no negócio solar e eólico na Europa com um claro foco: um crescimento sustentável e rentável”, diz a empresa na sua apresentação aos investidores.

A futura potencial cotada na bolsa de Lisboa conta com 98 MW de capacidade instalada através da biomassa, mas que juntou agora outros 42 MW através da compra da Tilbury no Reino Unido. Tem já comprometidos 114 MW para este ano, sendo 95 MW de projetos em energia solar em fase avançada, e vai continuar a apostar no solar e na energia eólica nos próximos anos.

A empresa conta realizar investimentos de 1,5 a 1,8 mil milhões de euros até 2025, com parte do dinheiro a ser obtido através da rotação de ativos (pretende vender entre 70% a 80% dos projetos), chegando a uma capacidade de produção de energia de 2,9 GW. Nesta fase de crescimento, apesar do investimento haverá lucros, que crescerão 40% ao ano, mas não haverá dividendos.

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