Costa diz-se “em total sintonia” com Marcelo, “até em torno da seleção”

Depois de Marcelo Rebelo de Sousa travar uma troca de comentários com António Costa, ao dizer que o foco tinha de estar na seleção nacional, o primeiro-ministro veio garantir que os dois estão “totalmente sintonizados”. Esta sintonia ocorre “até em torno da seleção”, garante o primeiro-ministro.

“Como é habitual, o primeiro-ministro e o Presidente da República estão totalmente sintonizados e naturalmente em torno da seleção portuguesa”, assegurou António Costa, numa conferência de imprensa conjunta com Ursula von der Leyen sobre o Plano de Recuperação e Resiliência, esta quarta-feira.

Tudo começou quando o Presidente da República reiterou que não se iria dar um passo atrás no desconfinamento. António Costa reagiu, dizendo que ninguém pode dar estas garantias, ao que Marcelo retorquiu que “o Presidente nunca é desautorizado pelo primeiro-ministro”. Depois disto, o primeiro-ministro acabou por desdramatizar, apontando que nem sempre têm de “pensar o mesmo”, mas garantindo que “não há conflito nenhum”.

Já confrontado com esta posição, na terça-feira, Marcelo não quis comentar mais o tema, apontando que “é dia de futebol”. “Aqui estamos todos unidos em torno do futebol e, portanto, eu não vou agora estar a falar de outros temas, porque é desconcentrar o fundamental“, afirmou, em declarações a partir de Budapeste, na Hungria.

“Temos de estar focados, e estamos todos focados: o senhor primeiro-ministro, o senhor presidente da Assembleia da República, eu próprio, o senhor presidente [da Federação Portuguesa de Futebol] Fernando Gomes, os portugueses todos”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Questionado sobre estas declarações, António Costa garantiu que estão em “total sintonia, até em torno da seleção”. “Ontem o Presidente pôde vibrar no estádio com a vitória de Portugal, eu através da televisão. No próximo sábado trocaremos de posições, eu irei sofrer em Munique o jogo com Alemanha, o Presidente espero que festeje através da televisão os resultados de Portugal”, acrescentou o primeiro-ministro.