China prepara travão às moedas virtuais
O Banco central chinês está reunido com representantes das plataformas de negociação de bitcoins. Em cima da mesa estará a lavagem de dinheiro associada a esta moeda virtual, confirmaram fontes.
A China poderá estar a preparar-se para colocar um travão ao negócio das moedas virtuais. De acordo com fontes próximas, o banco central chinês está reunido esta quarta-feira com representantes de várias plataformas de negociação de bitcoins domésticas, tendo como um dos principais tópicos de discussão em cima da mesa a lavagem de dinheiro associada a esta moeda virtual.
Por diversas ocasiões em que foi avançada a possibilidade da China vir a apertar as regras associadas às moedas virtuais como forma de travar a fuga de capitais, a cotação da bitcoin reagiu fortemente. O que acontece esta quarta-feira comprova isso mesmo, com a moeda virtual a desvalorizar em torno de 2%.
A reunião que acontece hoje entre representantes do Banco Popular da China e de plataformas de negociação chinesas acontece depois de em janeiro ter sido realizada uma inspeção regulatória a alguns operadores de transações de bitcoins, como a OkCoin, a Huobi e a BTCC. Inspeções que por sua vez acontecem depois de uma escalada de 120% da cotação desta moeda digital no ano passado, período em que os investidores apostaram em bitcoins como forma de se protegerem da depreciação do Yuan.
“Existem muitas pessoas a apostar na queda da bitcoin agora, por um lado devido ao ambiente regulatório e por outro devido ao facto do preço estar muito alto“, disse à Bloomberg Tian Jia, trader de bitcoins em Pequim, para justificar a desvalorização registada pela moeda virtual na sessão de hoje.
De salientar que a China tem desempenhado um papel central no mercado de bitcoins nos últimos anos, com os seus cidadãos a tornarem-se grandes negociantes e criadores de bitcoins. O seu interesse pela moeda virtual foi alimentado pela busca de ativos alternativos, o facto de não se aplicarem comissões de negociação, bem como devido aos baixos custos da eletricidade associados à utilização dos computadores para gerar bitcoins. Contudo, qualquer escrutínio por parte das autoridades chinesas poderá abalar as compras deste ativo na China.
As três maiores plataformas de negociação de bitcoins chinesas entretanto começaram a cobrar comissões de 0,2% para suprimir a especulação e prevenir grandes flutuações do valor da moeda, afirmaram numa declaração em janeiro.
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