Fusão Aon-WTW demora nas jurisdições dos EUA, Nova Zelândia e Singapura
Aprovada sob condições na UE e na África do Sul, a combinação Aon-WTW continua pendente da decisão dos reguladores na Nova Zelândia e Singapura. Nos EUA, veredito judicial arrisca deslizar para 2022.
Após aprovação sujeita a condições nos mercados da UE da África do Sul, a combinação global planeada entre as corretoras Aon e Willis Towers Watson (WTA), uma operação de fusão estimada em 30 mil milhões de dólares e que dará lugar uma nova Aon, continua pendente de aprovação na Nova Zelândia, que adiou deliberação pela quarta vez, depende de decisão judicial nos EUA e também aguarda decisão em Singapura.
Atualização na página do regulador neozelandês (Commerce Commission), indica que a decisão final sobre a projetada fusão continua em aberto, com novo prazo até 20 de agosto. Depois de notificadas em outubro de 2020, as autoridades locais tinham previsto uma decisão até 26 de fevereiro de 2021, altura em que estendeu o prazo até 25 de maio, depois novamente adiado para 2 de julho.
Na África do Sul, a autoridade da Concorrência espera que as proponentes resolvam as preocupações existentes no mercado local, nomeadamente na área de corretagem de resseguros, corretagem de risco empresarial e serviços de corretagem de seguros de curto prazo. No entanto, de acordo com comunicado da Competition Commission, considerando que sejam aplicados os remédios (em linha com os compromissos assumidos pelas proponentes a nível internacional), o regulador sul-africano recomenda ao Tribunal da Concorrência, sob condição, a aprovação da operação proposta entre Aon e a Willis Towers Watson. A Comissão considera que as soluções propostas pelas partes “são suficientes para atenuar os problemas de concorrência resultantes da concentração”.
Em Singapura, a autoridade local da concorrência (Competition & Consumer Commisison), anunciou que após análise preliminar e consulta realizada junto de terceiras partes, concluiu que a combinação entre Aon e Willis levanta problemas na atividade de consultoria em capital humano e planos de benefícios para executivos.
Após auscultação ao mercado e comunicações entretanto trocadas com Aon, em abril, o organismo regulador mantém que a transação afetará de forma substantiva o acesso ao mercado e o ambiente concorrencial nos segmentos indicados. Por isso, o processo terá de passar por uma fase de análise mais aprofundada. Durante o período em que decorre a nova avaliação, as partes podem “em qualquer momento” apresentar compromissos para resolver os potenciais problemas decorrentes da combinação proposta, indica ainda a Concorrência da cidade Estado.
Nos EUA, onde o projeto de combinação está refém da queixa submetida pelo Departamento de Justiça (DoJ) aos tribunais. Depois de indicação de agendamento para final de fevereiro 2022, data rejeitada pelas empresas proponentes, o julgamento da ação contra Aon e Willis Towers Watson foi marcado para se iniciar a 18 de novembro, mas já se antecipa que não acontecerá antes dos últimos de dezembro e, possivelmente, concluído em janeiro de 2022.
Segundo a imprensa norte-americana, a incerteza sobre a data deve-se ao facto de Reggie Walton, juiz nomeado para o julgar o caso, ter agenda sobrecarregada com processos.
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