Seguro europeu quer finanças sustentáveis ligadas com Solvência II
A Insurance Europe defende a salvaguarda da capacidade de investimento das seguradoras para que o setor possa contribuir plenamente para a economia "verde".
A Insurance Europe, entidade representativa do setor segurador na Europa, saúda as medidas que a Comissão Europeia (CE) acaba de anunciar no âmbito do Green Deal Europeu (Pacto Ecológico), nomeadamente com a adoção da nova Estratégia de Financiamento Sustentável e a proposta legislativa de uma Norma para as Obrigações Verdes europeias (EUGBS – EU green bond standards).
A Estratégia e a Norma “são partes fundamentais” do Pacto Ecológico para levar a Europa a uma economia limpa e circular “e cumprir os seus ambiciosos objetivos de travar as alterações climáticas,” refere a federação das associações nacionais de seguros reagindo ao anúncio da Comissão.
A Insurance Europe considera que a nova Estratégia de transição para o financiamento de uma economia mais sustentável é bem-vinda “no sentido de fazer avançar os objetivos do Green Deal Europeu e de melhorar o financiamento de projetos sustentáveis”.
Citado em comunicado, Olav Jones, director geral adjunto da Insurance Europe, comentou: “É importante que seja estabelecida a ligação entre a Estratégia de Financiamento Sustentável e a revisão da regulamentação prudencial do sector dos seguros – Solvência II – que está atualmente em curso”.
A revisão de Solvência II deve abordar aspetos regulamentares (relacionados com requisitos de capital) que atualmente desincentivam investimento de longo prazo, “para que a capacidade de investimento das seguradoras aumente e o setor possa contribuir plenamente para os objetivos louváveis desta Estratégia.,” sustenta o seguro europeu. Segundo Jones, também “é vital que a natureza do quadro Solvência II – baseada no risco – seja mantida quando se trata de incorporar riscos de sustentabilidade no normativo.”
Quanto à proposta legislativa relativa a uma Norma de Obrigações ‘Verdes’ da UE (green bonds soberanas e empresariais), cuja componente principal é a normalização ao nível da UE (EUGBS) visando assegurar transparência e comparabilidade destes instrumentos financeiros, o seguro europeu defende que a futura norma deverá estimular e facilitar os fluxos de capital para investimentos “verdes” e projetos de transição, vinculando de igual forma emitentes privados e os soberanos (estatais).
Assumindo que o setor é o maior investidor institucional europeu, com 10,4 biliões de euros de ativos sob gestão, a indústria seguradora apoia medidas que visam facilitar e tragam confiança ao investimento sustentável. Estas ações políticas, “juntamente com o conjunto mais vasto de iniciativas do Green Deal, têm o potencial de alcançar o aumento de ativos sustentáveis atrativos que a indústria há muito vem reclamando”, lê-se no comunicado da Insurance Europe, que promete realizar análise mais detalhada aos documentos da Comissão Europeia.
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