BRANDS' TRABALHO O potencial de uma geração

  • PESSOAS + EY
  • 12 Julho 2021

As oportunidades estão no potencial das pessoas das diferentes gerações. Porque há talento em todas as gerações e a idade não define o talento, diz Sandy Antunes, Manager EY, People Advisory Services.

As organizações estão a ser desafiadas a responder a uma nova realidade económica e social, marcada pela globalização, pela evolução demográfica, pelas alterações climáticas e, mais recentemente, pela pandemia.

“Reinventar” e “reimaginar” são quase palavras de ordem que escutamos e marcam este momento da vida das organizações, em que estas procuram transformar-se ao repensar o seu propósito e estratégia, criar formas de trabalhar através de modelos híbridos e, ainda, ao fazer evoluir a sua cultura organizacional.

Como todos os desafios que se apresentam são simultaneamente verdadeiras oportunidades, é imperativo identificar aquelas que existem ao nível da gestão de talento.

Não é de hoje que as organizações precisam de gerir e reter talento. E não é de hoje que é uma condição de sucesso olhar para o talento da organização como sendo o maior ativo, atribuindo aos gestores de recursos humanos e aos líderes a missão de atuarem como catalisadores do talento dentro da organização. Também não é de hoje que devemos estar atentos para o facto de coexistirem diferentes gerações nas organizações, entre os nativos digitais, millennials, baby boomers, acrescendo o facto de vivermos e trabalharmos até mais tarde.

E é aqui que residem as oportunidades, no potencial das pessoas das diferentes gerações. Há talento em todas as gerações e a idade não define o talento.

Partindo de um olhar mais atento às gerações baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) e aos colaboradores que estão há mais anos nas organizações, destaca-se o papel e contributo inestimável que estes podem trazer, especialmente, porque possuem o património de conhecimento, de história, de network e de experiência que podem partilhar de forma consistente.

E quem melhor para partilhar?

Tal como um contador de histórias, este profissional tem o poder de passar cultura e valores, conhecimento, contexto e, muitas vezes, até uma conclusão em jeito de moral. Não importa se começa com “era uma vez…”, importa que lhe seja dada oportunidade de o fazer. Será desta forma que irá partilhar as suas experiências, ajudar a gerar insights, promover a criatividade e novas possibilidades e alternativas. Não é de tudo isto que precisamos nas nossas organizações?

"Acreditamos que o papel e contributo destes mentores deverá ser entendido como uma oportunidade para criar um futuro mais sustentável e com propósito face à sua missão na organização, bem como potenciar uma learning organization que prepara as pessoas para os desafios do futuro.”

Sandy Antunes

Manager EY, People Advisory Services

Neste sentido, gerir este talento passa por criar condições para que assumam o papel de mentor na organização através da criação de um programa de mentoring, em que este profissional com mais experiência e conhecimento acompanha outro colega com o objetivo de desenvolvimento profissional e de carreira. Neste processo, destacam-se benefícios assinaláveis para quem assume o papel de mentor, ao valorizar o seu papel na organização, possibilitar a oportunidade de deixar um legado com significado, contribuir para o desenvolvimento de outros, ser uma oportunidade de aprendizagem, desenvolver soft skills, fomentar o netwoking e criar sinergias. Todos estes benefícios representam valor acrescentado para todos os envolvidos e para a organização, sendo uma solução em que todos ganham!

O programa de mentoring poderá assumir várias modalidades, de acordo com o propósito e necessidades da organização, desde o mentoring one to one, o mentoring peer to peer ou o team mentoring. É de salientar ainda o reverse mentoring (modalidade é atribuída a Jack Welch) em que o colaborador mais sénior é o mentee e o mentor é o colaborador mais jovem, sendo esta uma opção relevante para apoiar na adoção do digital. A vantagem é que todas estas modalidades podem acontecer no formato presencial ou virtual.

Acreditamos que o papel e contributo destes mentores deverá ser entendido como uma oportunidade para criar um futuro mais sustentável e com propósito face à sua missão na organização, bem como potenciar uma learning organization que prepara as pessoas para os desafios do futuro.

Na sua organização, o que está a fazer para gerir o talento desta geração?

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