Vítor Fernandes e António Ramalho também foram alvos de buscas

  • ECO
  • 12 Julho 2021

Apesar da polémica, Vítor Fernandes diz ter a "competência, idoneidade e disponibilidade" e "todas as condições" tomar posse como chairman do Banco Português de Fomento.

Vítor Fernandes, indicado pelo Governo para chairman do Banco Português de Fomento, também foi alvo de buscas no âmbito da operação “Cartão Vermelho”, avança o Observador (acesso livre). As autoridades fizeram buscas na casa de Vítor Fernandes, tendo levado um computador, e varreram ainda o seu antigo gabinete no Novo Banco – saiu do cargo de administrador no final do ano passado.

O CEO do Novo Banco, António Ramalho, e outros administradores foram igualmente alvos dos procuradores do Ministério Público e dos inspetores da Autoridade Tributária no passado dia 7 de julho, dia em que o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, foi detido. Isso mesmo foi confirmado ao ECO.

Embora não tenha sido constituído arguido nem lhe seja imputado qualquer alegado ilícito criminal, Vítor Fernandes surge no processo “Cartão Vermelho” como tendo ajudado Luís Filipe Vieira num dos créditos que tinha no Novo Banco, designadamente a dívida de 54 milhões da Imosteps.

O Banco de Portugal, que já concluiu o processo de fit and proper, diz que vai analisar todas as informações, admitindo-se que possa ter de reavaliar a idoneidade do gestor. O Bloco de Esquerda e a Iniciativa Liberal já vieram a público defender que Vítor Fernandes não tem condições para ser nomeado chairman do Banco Português de Fomento. O PAN quer que o parlamento tome “uma posição formal” para exigir ao Governo que retire a proposta de nomeação Vítor Fernandes.

Novo Banco abre investigação interna

Ao Observador, Vítor Fernandes diz ter a “competência, idoneidade e disponibilidade” e “todas as condições para tomar posse no banco de fomento”. E lamentou que esteja a ser alvo de “um ataque de caráter”.

Vítor Fernandes revelou ainda que pediu a Ramalho para que o banco realizasse “uma auditoria aos acontecimentos que estão na origem da realização das buscas judiciais” do Ministério Público e Autoridade Tributária na semana passada.

A auditoria está a ser feita pelo diretor de auditoria interna do Novo Banco, Pedro Reis, e foi lançada logo no dia após as buscas que foram realizadas na instituição financeira, relacionadas com o caso da Imosteps.

(Notícia atualizada às 15h21)

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