Endividamento do setor empresarial do Estado cai 159 milhões de euros

  • Lusa
  • 12 Julho 2021

O endividamento do setor empresarial do Estado caiu 159 milhões de euros em 2020, ano em que os resultados líquidos do setor caíram 448 milhões de euros.

O endividamento do setor empresarial do Estado (SEE) caiu 159 milhões de euros em 2020, ano em que os resultados líquidos do setor caíram 448 milhões de euros, de acordo com a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

“No seu conjunto, o nível global de endividamento das empresas que integram o SEE diminuiu 159 milhões de euros em 2020, face ao registado no ano anterior”, pode ler-se no relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

No mesmo documento da unidade coordenada por Rui Nuno Baleiras, dá-se conta que os rendimentos do setor empresarial do Estado caíram 527 milhões de euros (ME) em 2020 face a 2019.

“O nível de EBITDA [rendimentos antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] registado pelo conjunto de empresas públicas que integram o SEE diminuiu 527 ME em termos homólogos, em resultado da quebra na receita total (–251 ME) e do aumento dos gastos totais (+276 ME)”, pode ler-se num relatório da UTAO hoje divulgado.

O documento, que faz uma “apreciação económico-financeira do Setor Empresarial do Estado” em 2020, revela ainda que “os resultados líquidos degradaram-se em 448 ME, face ao ano anterior”.

“Partindo de um valor que já havia sido negativo em 2019 (–694 ME), agravaram-se para –1.143 ME em 2020″, pode ler-se no documento relativo a 2020, um ano marcado pela pandemia de Covid-19, com reflexo nas finanças públicas.

A UTAO refere a pandemia como fator decisivo para a deterioração das finanças do setor empresarial do Estado, já que as empresas “foram duplamente afetadas pelo atual contexto causado pela pandemia de Covid-19, quer pela diminuição de receita total (–251 ME) quer por um aumento dos gastos (+276 ME)”.

“Tendo em conta o perímetro orçamental de 2020, é de referir que o impacto negativo foi mais acentuado entre as Empresas Públicas Reclassificadas para dentro do perímetro orçamental, as quais registaram uma quebra homóloga da receita total de 179 ME e um aumento dos seus gastos totais em 286 ME”, pode ler-se no documento da UTAO.

As empresas públicas não reclassificadas “também evidenciaram um menor nível de receita total (–71 ME), tendo compensado parcialmente esta perda de receita com um menor nível de gastos (–10 ME)”.

Quanto à diminuição do endividamento em 159 milhões de euros, “foi alcançado com contributos dos subconjuntos que integram as Empresas Públicas Não Financeiras, Empresas Públicas Reclassificadas e Empresas Públicas Não Reclassificadas, os quais reduziram os seus níveis de endividamento”.

Por outro lado, “as Empresas Públicas Financeiras mantiveram homologamente este indicador, em níveis próximos de zero”, segundo os técnicos do parlamento.

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