Portugal vai receber menos 400 mil vacinas da Janssen do que o previsto em agosto
Portugal está a enfrentar uma escassez de vacinas da Jassen. Em agosto, a farmacêutica tinha-se comprometido a entregar 600 mil vacinas e vai entregar apenas 200 mil doses.
Portugal vai receber apenas 200 mil das 600 mil vacinas da Janssen previstas para agosto, anunciou o coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19, que diz esperar ter 70% da população com vacinação completa entre 5 e 12 de setembro.
“Estamos a ter mais vacinas do que estava previsto da AstraZeneca”, revelou o coordenador da task force para a vacinação contra a Covid-19, na comissão da Saúde, no Parlamento, acrescentando que a farmacêutica anglo-sueca está a “compensar” as doses que já previa ter entregado. Contudo, Henrique Gouveia e Melo aponta que estas vacinas “têm pouca utilidade” já que os maiores de 60 anos estão praticamente vacinados.
Em contrapartida, o país está a enfrentar uma escassez de vacinas da Janssen. Em julho, a farmacêutica “tinha prometido entregar 800 mil vacinas e entregou 260 mil vacinas”, e ontem informou “que em agosto eram previstas chegar cerca de 600 mil vacinas da Janssen e tive a má notícia de que devem chegar cerca de 200 mil vacinas da Janssen”, apontou o vice-almirante.
“Tudo isto prejudica as nossas expectativas”, sinaliza Gouveia e Melo, acrescentando que a Moderna e Pfizer “têm cumprido com o que prometem e são fiáveis nas suas entregas”. Face à diminuição das vacinas disponíveis, o Governo português chegou a acordo com a Noruega, que vai ceder vacinas a Portugal, adiantou ainda o coordenador da task force. Na quarta-feira, a ministra da Saúde tinha assinalado que o país deverá receber, nos próximos dias, mais doses de vacinas Pfizer, mediante a cedência de outros países e “cujas campanhas de vacinação estão noutra fase”.
O responsável disse esperar ter 70% da população vacinada com uma dose entre 8 e 15 de agosto e com a vacinação completa entre 5 e 12 de setembro. Quanto à adesão do processo de vacinação por parte da população portuguesa, Gouveia e Melo garante que até agora “não há nenhum sintoma” de falta de adesão, “mesmo nas faixas etárias mais jovens”.
Para sustentar esse facto, o responsável sublinha que só 2,7% dos portugueses que tinham agendado a vacina faltaram ao agendamento, ao passo que apenas 2,5% que receberam o SMS de vacinação recusaram o agendamento proposto.
Por fim, e relativamente às longas filas que se registaram em alguns centros de vacinação, o vice-almirante esclareceu que “no pior momento” só “7% dos centros de vacinação” registaram filas de espera superiores a uma hora.
Em Portugal, há já mais de 6,5 milhões de portugueses vacinados com pelo menos uma dose da vacina (o que representa 64% da população), dos quais mais de 4,8 milhões de cidadãos já completaram o processo de vacinação (47% da população), de acordo com o relatório divulgado pela Direção-Geral da Saúde, na quarta-feira.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h33)
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