Espanha e EUA pesam nos lucros da EDP Renováveis
Empresa de energias verdes da EDP registou uma quebra de 44% nos lucros do primeiro semestre. Espanha e EUA pesaram nas contas num período em que as vendas de energia caíram 7%.
A EDP Renováveis fechou os primeiros seis meses do ano com lucros de 142 milhões de euros. É uma quebra expressiva face ao período homólogo explicada, de acordo com o comunicado enviado pela empresa à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), essencialmente pelos negócios em Espanha, mas também nos EUA.
Os resultados líquidos totalizaram 142 milhões, menos 44% do que os 255 milhões de euros registados nos primeiros seis meses de 2020. O EBITDA somou 654 milhões, recuando 13% “devido à performance das receitas que foram principalmente impactadas pelo evento climatérico extraordinário nos EUA no primeiro trimestre, ganhos de capital mais baixos vs 1H20 e forex“, diz a empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade.
Neste período, mas receitas diminuíram para 856 milhões de euros. A EDP Renováveis explica a diminuição de 6% na faturação com “o impacto de sell-downs, os preços médios de venda mais baixos, “maioritariamente influenciados por Espanha e EUA”, o cambial desfavorável e outros que acabaram por “não ser compensados pela capacidade adicional” de produção de energia.
Preços de venda mais baixos
A EDP Renováveis, que no final de junho tinha um portfólio de ativos operacionais de 12,6 GW, produziu 15,3 TWh de energia limpa na primeira metade de 2021, mais 5% face ao mesmo período de 2020. Contudo, essa energia foi vendida a preços mais baixos, diz a empresa.
“O preço médio de venda foi inferior em -7% face ao primeiro semestre de 2020, conduzido pelo efeito mix do portfólio espanhol médio anual após transações de sell-down, hedging nos EUA devido ao evento climatérico extraordinário no primeiro trimestre”, mas também devido aos efeitos cambiais desfavoráveis.
Aumento de capital trava dívida
A empresa de energias verdes fechou os primeiros seis meses do ano com uma dívida líquida mais elevada. De acordo com o comunicado enviado à CMVM, “a dívida líquida totalizava 3.563 milhões de euros“, o que representa um aumento de 120 milhões de euros face à registada no final do ano passado.
Este aumento do endividamento reflete “a estratégia de investimento” seguida pela cotada liderada por Miguel Stilwell d’Andrade. Foi, contudo, “neutralizado em parte pelo aumento de capital recebido em abril” no valor de 1,5 mil milhões de euros.
(Notícia atualizada às 7h10 com mais informação)
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