António Costa garante combate à crise sem austeridade
"Uma crise não se responde com austeridade, mas sim com solidariedade para apoiar os rendimentos, o emprego e as empresa", disse o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro, António Costa, garantiu esta sexta-feira que a resposta à crise económica provocada pela pandemia será feita sem austeridade, e com solidariedade, prometendo “apoio aos rendimentos, ao emprego e às empresas”.
“Passado ano e meio, já temos tempo suficiente para comparar a forma com respondemos a esta crise, e qual foi a resposta na crise anterior. Para que não haja dúvidas, uma crise não se responde com austeridade, mas sim com solidariedade para apoiar os rendimentos, o emprego e as empresas”, disse o governante.
António Costa, que participou, em Vila do Conde, na apresentação dos candidatos autárquicos do PS no distrito do Porto, enalteceu os números do crescimento económico verificados no último trimestre deste ano, partilhando “confiança na recuperação”. “No primeiro trimestre deste ano, tivemos um novo máximo histórico no investimento empresarial, o que significa que as empresas, apesar das dificuldades, têm confiança no que vai acontecer no futuro e estão a investir”, afirmou o primeiro-ministro.
O governante citou, igualmente, dados do Instituto Nacional de Estatísticas para apontar que “a estimativa mais recente do desemprego foi colocada na taxa de 6,9 %”, lembrado que “é a mesma que tinha o país quando foi atingido pela covid-19”.
“Comparando com o mesmo trimestre do ano passado, tivemos um crescimento [económico] de 15,5 %, e no trimestre passado para este tivemos um crescimento de 4,9 %. Significa que, apesar de estarmos ainda em pandemia, e com muitas medidas restritivas, a nossa economia está a crescer, sinal da capacidade de recuperação o país”, partilhou António Costa.
O também secretário-geral do PS disse que estes números “ainda não devem tranquilizar o país nem fazer baixar os braços”, pedindo um voto de confiança no partido para “continuar no caminho certo da recuperação”. “Temos de o continuar, e fazê-lo com mais força, vigor e determinação. Precisamos dos apoios dos portugueses para termos mais força e para que ninguém tenha a tentação de interromper o caminho que iniciamos e que queremos prosseguir”.
Para isso, António Costa considerou “fundamental o papel dos autarcas e das autarquias”, e mostrou a convicção de que o PS vai reforçar a sua posição nas eleições autárquicas de 26 de setembro.
“Somos o maior partido autárquico em Portugal, e também no distrito do Porto e na sua área metropolitana. O nosso objetivo é vencer as eleições autárquicas nos 11 municípios que lideramos [no distrito], mas também nos outros 7. Não é um concurso para colocar mais umas bandeirinhas do partido no mapa, mas sim um objetivo de reforçar a nossa capacidade de cumprir a missão”, completou.
Antes de António Costa discursar, os 18 candidatos do PS a presidentes de Câmara no distrito do Porto assinaram um memorando em que se comprometeram a prosseguir uma estratégia de desenvolvimento e de apoio em áreas como a mobilidade e transportes, ambiente, educação ou habitação e coesão social.
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